A Ferrari admite que não está interessada em condução autónoma, mantendo-se fiel ao princípio de que os seus carros devem produzir emoções aos seus condutores e não serem usados simplesmente para viagens do ponto A até ao ponto B.

Benedetto Vigna, CEO da Ferrari, esteve presente num fórum do Financial Times, dedicado ao Futuro do Automóvel, e expressou o seu empenho em manter a marca italiana de automóveis desportivos sem demasiada intromissão de tecnologias de condução autónoma, declarando mesmo não ter interesse na produção de tais veículos.

Respondendo a uma questão sobre a capacidade da Ferrari de produzir o software necessário para a autonomização dos seus automóveis, mas Vigna, cujo passado está ligado precisamente à área da tecnologia e do software, surpreendeu ao dizer, de acordo com o site Insider, que “não tem interesse” no software de condução autónoma.

“Num habitáculo existem quatro tipos de software. Há software de performance, há software de conforto, há software de infoentretenimento e há autónomo. Mas desde último não queremos saber”, afirmou o responsável máximo da Ferrari.

Se a companhia de Maranello não pretende enveredar pela tecnologia de condução autónoma, o caso é diferente com a eletrificação, estando já anunciado o primeiro modelo 100% elétrico para 2025, tendo já declarado que todos os acordos em relação ao fornecimento de componentes-chave como as baterias estão ultimados. Da mesma forma, o empenho da Ferrari permanece na exclusividade e na oferta de sensações únicas para os condutores e passageiros.

Muito recentemente, a Ferrari lançou também o seu primeiro modelo SUV de quatro portas, o Purosangue, que mantém viva a tradição dos motores V12.

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