Nascida da vontade férrea de Sir Frank Williams, a equipa Williams atravessa hoje um momento muito delicado em termos de competitividade, não descolando dos derradeiros lugares da grelha, em oposto contraste com os momentos gloriosos de outras épocas. No entanto, isso não impediu a equipa de Grove de celebrar os 50 anos de envolvimento de Frank Williams na modalidade, com um dos pontos altos a ser possibilitado… por um piloto de uma equipa rival, Lewis Hamilton.
Antes de ir para a pista, Claire Williams, filha de Frank e atual diretora da formação ainda gracejou com o seu pai para que, nas duas voltas que tinha ao lado de Hamilton (inicialmente, era apenas uma… mas Frank pediu outra!) conseguisse convencer o atual campeão do mundo e líder do mundial a mudar-se para a Williams, mas rapidamente essa ideia terá desaparecido da mente do veterano fundador da equipa britânica.
A bordo de um Mercedes-AMG S 63 Cabrio eximiamente pilotado por Hamilton, Sir Frank Williams foi sorrindo com a imponência do som do motor do carro germânico, ao mesmo tempo que sentia os efeitos da gravidade provocados pela movimentação do referido AMG.
Mostrando-se feliz por ter tido a oportunidade de voltar a rodar em Silverstone, confessando que já há muito que não cumpria uma volta ao histórico traçado britânico, Frank Williams garantiu, no final, que “nunca mais” irá esquecer a experiência ao lado de Hamilton.
Recorde-se que embora se mantenha como diretor principal da Williams Grand Prix Engineering, as condições de saúde do britânico (decorrentes do violento acidente de viação sofrido em 1986 que o deixou tetraplégico e para sempre ‘preso’ a uma cadeira de rodas) levam-no a acompanhar cada vez menos a sua formação pelas diversas pistas do Mundial de Fórmula 1. Ainda assim, nunca se demoveu da modalidade e ao longo dos anos manteve-se ao mais alto nível, levando a Williams a muitos momentos de glória, sobretudo na década de 1990, quando os monolugares projetados por Adrian Newey acumularam diversos troféus na sala de Grove.