Lotus afina comportamento do seu elétrico de 2000 CV

O Lotus Evija, que é apresentado como o modelo de produção em série mais potente de sempre, com 2000 CV de potência (valor esperado pela marca britânica), prossegue os seus testes de desenvolvimento, com as sessões mais recentes no Reino Unido e em Itália a mostrarem uma base bastante sã e competente.

Os ensaios mais recentes sucedem-se às simulações de computador do modelo, com o protótipo Número 2 a ser o mais avançado dos três atualmente em utilização para fins de desenvolvimento, já com suspensão de série, motor elétrico, travões e painéis em fibra de carbono, além do interior mais completo, também com elementos já finalizados, como os bancos ou a consola central.

Este modelo está ainda equipado com sistemas hidráulicos para auxiliar a aerodinâmica ativa.

De acordo com Gavan Kershaw, piloto de testes e responsável de produto na Lotus Cars, “o carro está em estado completamente puro neste momento, sem controlo de estabilidade ou vetorização de binário. Com isso podemos avaliar os elementos fundamentais do chassis, para criar uma vantagem mecânica antes de as outras camadas, como a eletrónica, serem adicionadas. Isso significa que podemos mesmo ler o carro. Mais tarde, podemos afinar aquilo que ganhámos como vantagem mecânica enquanto adicionamos camadas”.

No entanto, apesar da potência e de não dispor de sistemas de controlo da entrega do binário, Kershaw refere que “sinto-me realmente em casa no carro, é muito fácil de conduzir. Avaliámos a estabilidade e a agilidade através das curvas mais apertadas. Fizemos acelerações intensas para trabalhar na divisão do binário e a aderência dos pneus e a resposta”.

Os detalhes de afinação vão ao ponto de validar a “resposta progressiva dos pedais. Sabemos que há uma enorme quantidade de binário mas os condutores apenas vão querê-lo quando quiserem com o seu pedal direito. Trata-se de encontrar o equilíbrio ideal do acelerador”.

O piloto admite que pretende impregnar muita da experiência adquirida noutros carros, como o Exige e o Evora ou os carros de competição no comportamento do Evija, admitindo ser “excitante” e “mais um capítulo na minha carreira de mais de 30 anos nesta companhia. Sim, tenho um grande sorriso na minha cara porque é a derradeira tecnologia, é um Lotus e estamos a ser pioneiros uma vez mais”.