A McLaren revelou a versão Spider do Artura, assumindo-se assim como o seu primeiro híbrido descapotável de altas prestações, que também conta com um aumento de potência para 700 CV.

O novo Spider é o primeiro descapotável com motorização híbrida e o segundo modelo da gama Artura, surgindo com algumas melhorias significativas em termos de potência, desempenho e de experiência de condução. No entanto, as melhorias introduzidas neste Spider serão também estendidas ao coupé para incrementar as suas prestações e o dinamismo.

A grande novidade do Artura Spider é, como não poderia deixar de ser, a capota rígida retrátil de uma única peça, operada eletricamente e que demora apenas 11 segundos a completar o processo de abertura ou encerramento (a velocidades até aos 50 km/h). O painel eletrocromático do tejadilho pode ser selecionado opcionalmente.

Apesar do trabalho necessário para reforçar a carroçaria atendendo à perda do tejadilho fixo, o Artura Spider não sofreu um aumento de peso significativo, ficando-se pelos 1560 kg em ordem de marcha, apenas mais 62 kg do que a variante coupé, devido à adição da estrutura do tejadilho retrátil. A marca diz que este seu descapotável é o mais leve entre os rivais, com uma vantagem de até 83 kg.

Uma parte do ‘segredo’ é a plataforma ‘McLaren Carbon Lightweight Architecture’ (MCLA), que combina a estrutura monocoque em fibra de carbono com as estruturas de impacto em alumínio e de alojamento do grupo motopropulsor híbrido na secção traseira. Também faz parte da MCLA a inovadora arquitetura elétrica Ethernet, que reduz a cablagem em 25% e, consequentemente, o peso proporcional. A arquitetura elétrica foi otimizada durante o processo de desenvolvimento do novo Spider para aumentar a capacidade e a velocidade de transferência de dados.

Mais 20 CV para prestações de luxo

Ao nível da motorização, o Artura Spider combina o V6 de 3.0 litros a gasolina de 605 CV com um motor elétrico de fluxo axial com 95 CV (70 kW) e 225 Nm para uma potência total de 700 CV, o que resulta numa relação peso/potência de 200 CV/litro. O binário conjunto foi melhorado para 720 Nm com entrega otimizada graças a pequenas ‘mexidas’ na eletrónica.

O motor de combustão, com um peso de 160 kg (menos 50 kg do que o V8 anterior), demarcando-se também pelo baixo centro de gravidade e pela melhoria da eficiência, enquanto a sonoridade dos escapes foi também revista com um novo sistema que permite refinar a nota do motor em médios e altos regimes. Opcionalmente, a McLaren disponibiliza um sistema de escape desportivo. Na máquina elétrica, os progressos tecnológicos ficam evidentes no facto de a densidade de potência por quilo ser 33% superior à do sistema utilizado no anterior P1, o hipercarro lançado em 2012.

O motor elétrico é alimentado por uma bateria composta por cinco módulos de iões de lítio, oferecendo uma capacidade de energia utilizável de 7.4 kWh e uma autonomia elétrica aumentada de 33 quilómetros. Em conjunto, os componentes híbridos do Artura, incluindo o pack de baterias de 88 kg e o motor elétrico de 15,4 kg, apenas aumentam 130 kg ao peso total do Artura Spider.

Quanto a prestações, este descapotável acelera dos zero aos 100 km/h em apenas 3,0 segundos, cruza os 200 km/h em 8,4 segundos e chega aos 300 km/h em 21,6 segundos. A velocidade máxima é de 330 km/h. Por outro lado, o Artura Spider é o descapotável mais eficiente de sempre da McLaren em termos de consumo de combustível e de emissões de CO2, com valores de 4,8 l/100 km e 108 g/km, respetivamente.

A caixa de velocidades foi atualizada e proporciona uma redução de 25% nos tempos de passagem entre relações, podendo ser comandada por via de patilhas atrás do volante (no qual se encontram também os comandos para os modos dinâmicos do McLaren Artura). Ao nível do chassis, a resposta da suspensão com amortecimento adaptativo e proativo fornecido pela parceira Monroe aumentou em 90%, melhorando a capacidade de resposta aos movimentos do condutor e às alterações na superfície da estrada.

Também o sistema de travagem foi revisto, com maior potência de travagem e maior consistência a velocidades elevadas, beneficiando de novas condutas de arrefecimento dos travões para uma melhor gestão térmica.

As novidades introduzidas agora pela McLaren neste Artura Spider podem ser também aplicadas a pedido do cliente nos Coupé anteriores a 2024.

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