Após cerca de cinco anos de desenvolvimento, o revolucionário Mercedes-AMG ONE foi oficialmente apresentado como um hiperdesportivo com tecnologia de Fórmula 1 e o visual de um modelo de competição. A conceção do ONE não foi fácil, como reconhece a própria marca, mas o resultado é um automóvel que partilha os códigos genéticos diretamente com os monolugares de Fórmula 1.

No dia em que comemora o seu 55º aniversário (a marca foi fundada a 1 de junho de 1967), a AMG revelou as linhas finais do ONE, o seu projeto de maior envergadura, tendo-se empenhado na transição de tecnologia da Fórmula 1 para um automóvel de estrada. Para o efeito, este hiperdesportivo conta com o mesmo sistema híbrido que os monolugares de Lewis Hamilton e Valtteri Bottas utilizaram em 2017, aperfeiçoada para utilização em estrada.

Além disso, a filosofia E Performance da Mercedes-AMG reflete-se também na utilização de componentes retirados diretamente da competição, como a monocoque em fibra de carbono, o mesmo material que é utilizado na carroçaria para níveis de resistência torsional elevadíssima, além de baixar o peso do conjunto.

Tal como no monolugar de Fórmula 1, também o conjunto de motor/transmissão tem um efeito estrutural, ajudando a suportar as cargas em curva. A suspensão assenta num conceito push-rod, não faltando aerodinâmica ativa para gerir os diferentes tipos de carga aerodinâmica.

O sistema motriz é composto por um motor V6 a gasolina de altas prestações com 1.6 litros, capaz de debitar 566 CV de potência, a que se juntam quatro motores elétricos para uma potência total de 782 kW/1063 CV. Ao motor de combustão associa-se um motor elétrico montado na cambota com 163 CV/120 kW, outro integrado no turbocompressor com 122 CV/90 kW e os outros dois no eixo dianteiro com 326 CV/240 kW em combinação, dispondo de tecnologia de vetorização de binário para entrega da potência ao asfalto.

Face a esta combinação mecânica, o AMG ONE pode atingir uma velocidade máxima de 352 km/h, estando limitada eletronicamente. Para gerir todos estes atributos, conta ainda com tração integral variável AMG Performance 4MATIC+. Pode também circular de forma 100% elétrica, graças à bateria de 8.4 kWh, para uma autonomia de 18 quilómetros. O carregamento faz-se a 3.7 kW.

Quanto ao consumo deste ‘monstro’ fugido das pistas, a marca aponta um valor frugal de 8,7 l/100 km +ara emissões de apenas 198 g/km de CO2, naqueles que terão sido outros dois objetivos da marca alemã.

O AMG ONE dispõe de seis diferentes modos de condução, com o ‘Race Safe’, ‘Race’ (híbrido performance), ‘EV’, ‘Race Plus’ (funcionamento híbrido com aerodinâmica de pista e chassis rebaixado) e o mais inspirado na competição, o ‘Strat 2’, que afina o AMG ONE para utilização mais extremada em pista.

A suspensão ‘coilover’ é totalmente ajustável, dispondo de configurações ‘Comfort’, ‘Sport’ e ‘Sport+’ com diferentes níveis de firmeza: neste último a dianteira reduz a altura ao solo em 37 mm enquanto a traseira baixa 30 mm para efeitos dinâmicos. Pode também levantar a dianteira para superar lombas ou superar desníveis.

A marca irá produzir apenas 275 unidades, estando já todas vendidas por um valor a rondar os 2.5 milhões de euros.

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