A Dacia sempre se preocupou em preencher os requisitos essenciais dos seus clientes-alvo: ser uma referência de compra racional, com automóveis robustos, simples e fiáveis, indo ao encontro daquilo que os seus clientes procuravam: de forma ‘curta e grossa’, um veículo para deslocações, sem motivo para grandes incómodos técnicos. Foi assim desde que se lançou da Roménia para o resto da Europa há 15 anos, então com o Logan. Mas, os tempos mudam e o novo Sandero é a redefinição do essencial. O princípio não muda. Muda o conteúdo. Os novos Sandero e Sandero Stepway abrem as encomendas a 15 de dezembro, mantendo os preços simpáticos a partir dos 9000€ no Sandero e dos 13.250€ para o Sandero Stepway.

A Dacia está ciente do seu papel no mercado automóvel, assumindo-se – até de forma surpreendente para os responsáveis da marca em Portugal – como uma escolha ponderada, que lhe permite ter o carro mais vendido no acumulado de 2020 das vendas a clientes particulares (tirando da equação as empresas), precisamente o Sandero. Mas não é só em Portugal. Na Europa, onde já vendeu mais de 7 milhões de automóveis, é a marca número 1 nas vendas aos particulares – um resultado que não deixa de ser revelador da sua importância.

E a pandemia até veio acentuar esse facto. No mercado nacional, se no ano passado, a quota de mercado da Dacia rondava os 2,5%, este ano, desde o segundo trimestre que se situa em torno dos 3,5%, com o impacto da pandemia de Covid-19 a ser quase negligenciável nas vendas da Dacia em solo luso.

O que é que o novo Sandero pode trazer a estes números? Um aumento ainda mais substancial…

Dacia redefine o essencial

Este é o lema do novo Dacia Sandero, uma revisão dos parâmetros essenciais da marca, com a marca do Grupo Renault a promover uma redefinição daquilo que se pode esperar um Dacia – até porque aquilo que um condutor tinha como expectativa há dez anos não é o mesmo de agora. Assim, o novo Sandero mantém a robustez, a fiabilidade e o preço, mas renova grandemente o design, a tecnologia, a segurança e a qualidade. Assim dita o mercado.

O primeiro impacto é o visual – o novo Sandero é… mesmo novo. Totalmente criado de raiz, com base na mais moderna plataforma CMF-B, a mesma que a Renault utiliza para o Clio e para o Captur, o Sandero foi completamente transformado, com um visual mais moderno que lhe parece conferir uma maior robustez quando na verdade pouco se altera. A largura, por exemplo, é apenas maior em 2 mm (para 1848 mm), oferecendo uma aparência mais larga e avantajada apenas por intermédio do design. Crescem, porém, as vias (mais 30 mm) e a distância entre eixos, mesmo que marginalmente (mais 15 mm). A altura é menor em 20 mm (para 1499 mm), melhorando a sua aparência e a aerodinâmica.

O visual é sublinhado pelos faróis com tecnologia LED em forma de ‘Y’, tanto à frente, como atrás, destacando-se entre outros apontamentos o desaparecimento do botão para a abertura da bagageira atrás.

O interior também foi completamente renovado, sendo bastante mais moderno. A nova estética e ergonomia dos comandos promove uma nova integração com o condutor, sobressaindo o painel de instrumentos mais legível, a nova climatização na consola central, a nova arrumação entre os dois bancos da frente e os próprios bancos, também novos, com o do condutor a merecer ajuste em altura. O volante pode também contar com ajuste em alcance e altura. A habitabilidade não foi reduzida, de acordo com a marca, que dispõe até de maior largura interior (mais 8 mm) e mais 42 mm de espaço para as pernas (para 186 mm). Ainda no interior, há 21 litros de arrumação (portas, tablier e consola central) e a bagageira disponibiliza 410 litros de capacidade. Novidade absoluta é a possibilidade de ter um teto de abrir elétrico.

A nova plataforma CMF-B traz um incremento de segurança generalizado face à anterior geração: os novos Sandero passam a ter airbags laterais e de cortina (em adição aos dianteiros para condutor e passageiro), enquanto o reforço do compartimento do motor e da estrutura do habitáculo fomentam a segurança estrutural.

Sandero Stepway emancipa-se

Na nova geração, o Sandero Stepway conta com uma identidade mais diferenciada. O Stepway representa 60% das vendas do Sandero, sendo a versão mais vendida da Dacia, ganhando por isso um estatuto mais diferenciado dentro da própria gama. A isso junta-se também uma imagem de espírito mais crossover (com maior altura ao solo em 37 mm do que o Sandero base) para excursões longe do asfalto. Destaca-se pelas proteções inferiores, pela grelha diferenciada e assinatura Stepway bem vincada na grelha. As barras do tejadilho também são novidade, sobretudo pela configuração modular, simples e prática.

O interior é praticamente decalcado do do Sandero, mas aposta em apontamentos laranja, dispondo os bancos também de assinatura Stepway, para uma maior sensação de qualidade.

Novas tecnologias

No capítulo tecnológico, não se pode dizer que a Dacia tenha deixado os seus créditos por mãos alheias, sobretudo em matéria de conectividade, com três soluções à escolha consoante o interesse do comprador. De base, conta com um sistema Media Control, sem ecrã, mas com uma aplicação de smartphone que permite utilizá-lo como se fosse um sistema de infoentretenimento comum, permitindo controlar os sistemas desse a partir dos comandos no volante e registando também as informações do computador de bordo. Uma solução sobretudo prática para quem não pretende despender um extra suplementar pelo sistema de infoentretenimento. Conta com dois altifalantes.

No nível intermédio, o Media Display recorre já a um ecrã tátil de 8.0 polegadas situado no topo da consola central (uma resposta às queixas feitas na anterior geração), com replicação do smartphone e conexão a sistemas Apple CarPlay e Android Auto. Por fim, no nível de topo, o sistema Media NAV, que dispõe de navegação e, novidade importante, replicação sem fios do telefone, dispondo ainda de seis altifalantes.

Entre os novos equipamentos funcionais contam-se também o travão de parque elétrico, o cartão mãos-livres (até aqui só no Dacia Duster), a direção assistida elétrica e os sensores de luminosidade e de chuva. Em matéria de segurança, acrescentam-se agora os sistemas de travagem ativa de emergência (AEB) com aviso sonoro e luminoso, podendo travar automaticamente, aviso de ângulo morto, assistência ao estacionamento dianteiro e traseiro (com possibilidade de câmara) e assistente de arranque em subida.

Gama de motores só gasolina (e GPL)

Dizendo adeus aos motores turbodiesel, a Dacia contará apenas com motores gasolina no novo Sandero, começando a gama na versão SCe 65 com 65 CV, passando depois pelas versões TCe 90 (manual e CVT) e bi-fuel com possibilidade de usar gasolina e GPL. Esta variante – denominada ECO-G 100 – surge como a mais relevante, atendendo ao facto de a Dacia ter 56% do mercado de GPL em Portugal.

Equipado com caixa manual de seis velocidades, este motor turbo de três cilindros com filtro de partículas consegue uma autonomia combinada de até 1300 quilómetros, um valor bastante impressionante com custos também mais acessíveis, atendendo ao menor custo do GPL face à gasolina (cerca de 50% inferior em preço por litro). Além disso, as emissões de CO2 são 11% inferiores em relação ao funcionamento a gasolina, tendo ainda o benefício de dispor de uma facilidade de acesso superior, por exemplo, ao Gás Natural. O depósito de gasolina tem 50 litros e o de GPL – situado sob a bagageira, não influenciando os 410 litros de capacidade disponível – conta com 40 litros. Novidade também é a possibilidade se poder ver agora a autonomia GPL no painel de instrumentos.

Este motor debita 100 CV de potência e 170 Nm de binário às 2000 rpm, para emissões combinadas de CO2 de 106 g/km e consumo de 6,9 l/100 km no ciclo GPL e 5,3 l/100 km no de gasolina. Sendo montado a partir de fábrica, mantém as propriedades de segurança iguais às das versões a gasolina, com três anos de garantia ou 100 mil quilómetros.

A gama de motores será transversal às duas variantes Sandero, com exceção da variante SCe 65, que não estará disponível na versão Sandero Stepway.

Preços tipicamente Dacia

Os preços começam nos 9000€ para a versão Stepway com motor SCe 65 no nível Access, subindo para os 9750€ no nível Essencial. O motor intermédio de 90 CV estará disponível apenas no equipamento Comfort, com preço de 13.250€ na versão de caixa manual e de 14.550€ na versão de caixa CVT. O motor ECO-G 100 estará disponível nos níveis Essencial (11.500€) e Comfort (13.500€).

Já a carroçaria Stepway prescinde do nível Access e do motor de acesso SCe 65, estando disponível a partir da motorização Tce 90 de caixa manual (13.250€ no nível Essencial e 14.750€ no nível Comfort). A versão com caixa CVT apenas está disponível no nível de equipamento máximo Comfort (16.050€).

A versão bi-fuel está disponível nos níveis de equipamento Essencial (13.500€) e Comfort (15.000€).

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.