O Legend, que atualmente se vende em poucos mercados devido ao posicionamento que tem num segmento de luxo em que as berlinas alemãs continuam a dominar, será o primeiro modelo da Honda e do próprio mercado automóvel a dispor de tecnologia de condução autónoma de Nível 3 (de um total de seis da SAE, incluindo-se aqui o Nível 0), o que permitirá ao condutor abster-se de interagir com o veículo em autoestradas, mesmo que movimentadas.
A Honda indicou em comunicado que já recebeu autorização do Ministério dos Transportes e das Infraestruturas do Japão para poder comercializar o seu novo Legend com este sistema, que irá colocar a companhia um passo à frente de concorrentes como a Tesla, Volvo ou o trio de marcas alemãs composto por Audi, BMW e Mercedes-Benz.
No Nível 3 de condução autónoma, o sistema pode monitorizar todo o ambiente envolvente ao veículo, assumindo o comando das operações em determinadas condições. Quando a situação se tornar inoperável para os sistemas do veículo, é emitido um alerta para que o condutor possa retomar o comando das operações.
Graças a isso, o Honda Legend poderá conduzir-se sozinho em autoestradas congestionadas, libertando o condutor de stress acrescido. Este sistema, denominado ‘Traffic Jam Pilot’ será introduzido no Legend a ser lançado no final do ano fiscal, o que quer dizer que será disponibilizado até 31 de março de 2021.
Porém, as regulamentações nipónicas apresentam algumas exigências para o Nível 3 de condução autónoma, entre as quais o compromisso de não comprometer a segurança de nenhum dos intervenientes na via pública, garantir uma transição segura entre o modo autónomo e manual e, por fim, parar o carro de forma segura caso essa transição não possa ser feita. O equipamento de série do Legend deverá, assim, contar com um sistema de monitorização do condutor para verificar o seu estado, além de garantir a invulnerabilidade do sistema a ameaças informáticas.Para o equipamento tecnológico disponível no Legend será necessário ainda um conjunto de medidas de segurança para armazenar informações em caso de acidente ou informações de condução com o intuito de justificação legal. Assim, conta com um gravador de dados de funcionamento do sistema de condução autónoma, guardando registos por um período de seis meses (ou 2500 vezes), registando os momentos em que o sistema esteve desligado, tempo em que o equipamento lançou um alerta de transição de condução e o tempo em que o condutor não conseguiu responder ao processo de transição de condução. Para os outros integrantes da via pública, reconhecer o Legend autónomo tornar-se-á fácil com a afixação de um autocolante identificativo na traseira
