Líder do mercado nacional pelo 22º ano consecutivo, a Renault dispõe de dois enormes contributos para atingir esse resultado, na forma do Clio e do Captur, que ocuparam, em 2019, o top 3 dos automóveis mais vendidos, com o Mercedes-Benz Classe A no intervalo entre o utilitário e o SUV de segmento B. A nova geração deste último chega esta semana ao mercado, totalmente renovado e com os olhos postos na liderança da classe.

Tendo vendido 7370 unidades em 2019 e cerca de 35 mil desde o lançamento da primeira geração, em 2013, o Captur é facilmente observado como um caso de sucesso, tanto mais que a própria relevância do segmento B-SUV foi aumentando: se em 2013 existiam dois concorrentes do Captur, atualmente, são mais de 20 os rivais que o novo Captur terá de enfrentar num segmento que vale já cerca de 40% do total do mercado. Apesar disso, no evento nacional de lançamento do Captur, que decorreu na Serra da Estrela, a confiança nos pontos fortes do modelo gaulês revelou-se bastante elevada, não havendo dúvidas quanto ao seu potencial de lutar pela liderança do segmento.

Para o novo Captur, a Renault teve o cuidado de não desvirtuar aquilo que tinha como pontos fortes no seu SUV, ou seja, o visual dinâmico, impregnado com as mais recentes indicações da casa francesa numa evolução estética e não revolução, como a integração entre faróis (assinatura em ‘C’ e tecnologia Full LED) e grelha, com semelhanças face ao Clio, ou o perfil, distinto, mas imediatamente reconhecido como um Captur. Atrás, encontram-se as maiores diferenças, com farolins em ‘C’ e maior volume proporcionado pelas cavas das rodas maiores. Mas também houve respeito pelas necessidades de eficiência em termos de desenho, com o visual a ser definido igualmente pela aerodinâmica, essencial para baixar emissões e consumos.

Tendo já referido o Clio, importa referir que o novo Captur partilha muitos dos seus componentes com o seu ‘primo’, a começar pela plataforma CMF-B para os veículos compactos e já eletrificados ao abrigo do plano estratégico ‘Drive the Future (2017-2022)’, que impulsiona a Renault para o futuro.

Mais espaçoso

Em termos de dimensões, o Captur de nova geração está 11 cm mais comprido, o que lhe beneficia a habitabilidade e a capacidade de arrumação, com a Renault a apontar 536 litros de capacidade de bagageira, com os bancos traseiros adiantados 16 cm (fazendo-o como um todo), embora tal roube espaço aos passageiros nesses mesmos lugares. Ainda assim, um volume impressionante atendendo a que mede apenas 4227 mm de comprimento (2639 mm de distância entre eixos). Ainda no interior, há 27 litros para espaços de arrumação, isto no caso de estar dotado com a gaveta no lado do passageiro que serve de porta-luvas.

Refira-se, como ponto de destaque, a melhoria evidente dos materiais a bordo, tal como a construção, sobretudo nas versões mais equipadas, sendo que na de base (Zen) o ambiente é ligeiramente menos requintado. Mas, nos mais completos Exclusive e Initiale Paris, existem muitos materiais suaves ao toque e superfícies bem revestidas, sendo também de elogiar a qualidade de construção, replicando, de forma eficaz, aquilo que já havia sido visto no Clio de nova geração – um passo acima. De resto, a bordo, iluminação ambiente ajustável, travão de parque elétrico, carregador sem fios para smartphone e, no caso das versões com caixa automática, uma consola central ‘flutuante’: a alavanca da caixa fica situada numa ‘plataforma’ entre os dois bancos, libertando espaço para arrumação a meio.

Personalizável

Elemento central à experiência de posse do Captur é a ideia de personalização, com a Renault a pretender que seja difícil ter dois exemplares iguais. Ou, pelo menos, que não seja relativamente fácil encontrar dois modelos exatamente iguais. Como tal, apostando na ideia de duas tonalidades, a marca propõe 90 combinações exteriores possíveis, entre espelhos, tejadilhos e cor da carroçaria, aliando-se ainda às 18 combinações interiores e oito ambientes personalizáveis.

No conceito ‘Smart Cockpit’, a Renault aposta ainda num ecrã tátil central de 9.3 polegadas para os modelos mais equipados (em complemento ao de 7” na versão de entrada), sendo aqui que condutor e passageiro podem aceder ao multifacetado sistema Renault Easy Link, que conjuga multimédia, navegação (atualizações gratuitas por três anos), parâmetros de conectividade e sistemas Multi-Sense (para modos de condução) e ajudas à condução. De forma intuitiva e como num smartphone. Para o condutor, está reservado um painel de instrumentos digital com duas possibilidades à escolha: ou de 7” ou de 10.2”, podendo variar consoante o modo de condução escolhido ou de acordo com as preferências do condutor.

Variedade de motores

Uma das ideias partilhadas pelos responsáveis da Renault Portugal é que no Captur não se acaba com o que quer que seja: havendo uma elevada variedade de motorizações à disposição (dos 95 aos 160 CV no total da gama), sendo de notar que existirão versões a gasolina, Diesel, GPL e híbrida Plug-in, num compêndio que contempla ainda caixas manuais de cinco e de seis velocidades e automática de sete.

No caso dos motores a gasolina, as alternativas vão dos 100 aos 160 CV, enquanto os Diesel variam dos 95 aos 115 CV. Em 2020 chegará o híbrido Plug-in E-Tech que, ao contrário do Clio, terá possibilidade de ligação à tomada – e apenas à doméstica de 220 V. A Renault não terá qualquer opção de ligação à rede pública, prevendo um tempo de carregamento na ordem das três horas e meia. Recorre a bateria de iões de lítio de 9.8 kWh e apregoa valores de emissões poluentes de 32 g/km de CO2 e consumo médio de 1,5 l/100 km, para uma autonomia elétrica de 50 quilómetros (ou 65 quilómetros em modo puramente elétrico).

O novo Capur será lançado a 18 de janeiro, com preços que se iniciam nos 19.990€ para o motor 1.0 TCe de 100 CV com caixa manual de cinco velocidades na versão Zen, sendo a versão Exclusive aquela que dá origem à Edition One, partilhando o mesmo preço (21.790€). O motor TCe 130 Exclusive com caixa manual estará disponível por 24.290€, enquanto o TCe 155 EDC Exclusive estará disponível por 26.190€.

No campo dos Diesel, o Blue dCi 95 Zen terá um custo base de 24.490€, enquanto o de ponta Blue dCi de 115 CV manual estará disponível por 27.190€ na variante Exclusive, subindo para os 28.690€ na opção com caixa automática EDC.

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