O novo GR86 será o terceiro modelo da gama desportiva GR, criada para dar um elemento suplementar de adrenalina e emoção à Toyota. Tendo já surgido no Supra e, mais recentemente, no Yaris, a sigla GR volta a adornar a carroçaria de outro automóvel, desta feita, o coupé desportivo de tração traseira desenvolvido novamente em parceria com a Subaru.
Este será o ponto de entrada na gama GR da Toyota, com a marca a garantir que muitos pontos admirados do anterior GT86 foram melhorados, nomeadamente, a dinâmica, a entrega da potência e a robustez da mecânica, com ajustes técnicos no motor e transmissão. Por outro lado, mantém a configuração de motor dianteiro e tração traseira, beneficiando ainda de melhorias no chassis em termos de rigidez estrutural e redução de peso. A marca nipónica apostou numa utilização mais extensa do alumínio para baixar o peso geral e na redução do centro de gravidade para melhorar a sua agilidade. A suspensão também beneficiou de ajuste específico para otimizar a performance, enquanto os designers receberam ajuda dos colegas da área da competição para tornar a aerodinâmica mais eficaz.
Uma vez mais, o motor boxer foi escolhido, embora agora com maior cilindrada. Este bloco de quatro cilindros opostos apresenta uma cilindrada de 2.4 litros, sendo parte integrante do esforço para reduzir o centro de gravidade. Utiliza o mesmo bloco que o anterior, mas a sua capacidade foi aumentada de 1998 cc do GT86 para os 2387 cc do sucessor. A potência cresceu em 17%, passando dos 200 CV para os 234 CV às 7000 rpm, o que lhe vale uma redução de mais de um segundo na aceleração dos zero aos 100 km/h – cumpre esse exercício agora em 6,3 segundos na versão de caixa manual e em 6,9 segundos na de caixa automática (velocidades máximas de 226 km/h e 216 km/h, respetivamente). O binário também aumentou, sendo agora de 250 Nm às 3700 rpm contra os 205 Nm às 6600 rpm do antecessor.
Mas esta ideia será de curta duração na Europa, uma vez que o GR86 não irá cumprir todo o seu ciclo de vida na Europa. Lançado na primavera de 2022, este Toyota terá uma produção limitada a dois anos, sendo descontinuado depois devido ao incumprimento das regras relacionadas com as tecnologias de segurança para o Velho Continente. Noutros continentes, o GR86 continuará a ser vendido.
Esta é mais uma machadada no segmento dos pequenos coupés desportivos em solo europeu (pelo menos no formato tradicional de motores de combustão), uma vez que também já se sabe que o novo Nissan Z não chegará ao Velho Continente devido às restrições de emissões de CO2.
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