A Volkswagen revelou a atualização profunda do Golf, modelo que tem sido fundamental no portefólio da marca alemã e que recebe novos detalhes estéticos, mais tecnologia (incluindo a ajuda do ChatGPT) e um reforço da eletrificação. Estas mexidas surgem no ano em que o Golf celebra o seu 50º aniversário.

Desde o seu lançamento que o Golf tem sido um pilar do sucesso da Volkswagen, assumindo-se por diversas vezes como um dos modelos mais importantes para diversos mercados europeus (e não só). Até aos dias de hoje, a marca contabiliza mais de 37 milhões de unidades vendidas ao longo de oito gerações, sendo que a atualização feita agora equivale a um ponto intermédio, algo como uma versão 8.5 na preparação para uma fase de eletrificação total.

A estética mantém-se muito próxima à do modelo já em comercialização, mas com detalhes mais evoluídos, como os grupos óticos renovados tanto à frente, como atrás, destacando-se a inclusão de um novo logótipo iluminado, algo que sucede pela primeira vez no modelo. Os faróis dianteiros contam com tecnologia LED de série, sendo que, opcionalmente, está disponível o sistema IQ.Light LED matrix com funcionalidades como o controlo de feixe de máximos e luzes de máximos com um alcance de até 500 metros. Atrás, a tecnologia IQ.Light LED 3D também revela melhor visualização.

No habitáculo, o Golf melhora a sua vertente de conectividade, com destaque para o regresso dos botões físicos ao volante após alguns anos com comandos táteis que não convenceram os utilizadores. O sistema de infoentretenimento foi completamente renovado, com um ecrã maior (agora com 32,8 cm na diagonal, ou seja, 12.9 polegadas) no qual os utilizadores podem ter acesso, futuramente, à integração da tecnologia de inteligência virtual ChatGPT em conexão com o novo assistente de voz inteligente (IDA), numa combinação que foi revelada recentemente na Feira de Eletrónica de Las Vegas (CES).

Utilizando linguagem natural, o IDA pode ser utilizado não só para controlar funções como o ar condicionado, o telefone ou o sistema de navegação navegação, mas também para aceder a informações online de todas as áreas concebíveis – desde previsões meteorológicas a perguntas de conhecimento geral. O Golf terá a bordo, no futuro, a mais recente geração de sistemas de infoentretenimento com integração do chatbot baseado em inteligência artificial ChatGPT. Isso permitir-lhe-á aceder à crescente base de dados de inteligência artificial.

Além do renovado ecrã tátil central em posição flutuante, os comandos de deslizamento situados logo abaixo para o controlo da temperatura e do volume são agora retroiluminados, eliminando aquela que era uma das queixas dos utilizadores.

Tecnologicamente, realce também para a chegada de sistemas como de estacionamento Park Assist Plus, a partir do qual o veículo consegue reconhecer se o espaço pelo qual o condutor passou (seja em paralelo ou em espinha) é suficientemente largo e consegue logo iniciar a manobra de estacionamento, controlando o volante e os pedais de forma autónoma. O estacionamento remoto também será uma possibilidade para o novo Golf, com o condutor a recorrer ao smartphone para o tirar de um lugar apertado, por exemplo. Outra novidade é o sistema de visão 360º graças ao trabalho conjunto de quatro câmaras que dão ao condutor uma visão geral da área em torno do veículo.

Motorizações com reforço da eletrificação

A gama de motores será melhorada, com a marca a dedicar especial atenção à eletrificação. Ainda assim, a marca promete um Golf adaptado aos desejos de cada um: no lançamento, estarão disponíveis nove opções, desde blocos a gasolina turbo (TSI), turbodiesel (TDI), mild-hybrid de 48 V (eTSI) e híbridos plug-in (GTE e eHybrid).

As novas versões PHEV permitem ao Golf oferecer uma autonomia elétrica em torno dos 100 quilómetros, com versões de 204 CV (eHybrid) e de 272 CV (GTE), sendo esta mais potente (245 CV anteriormente). Ambos dispõem de caixa automática eDSG de seis relações. As versões plug-in têm ainda uma nova bateria de iões de lítio de maior capacidade, subindo de 10.6 kWh para 19.7 kWh. Em termos de carregamento, pode agora carregar num máximo de 11 kW em corrente alternada e a 50 kW em carregamento rápido (CC) para otimização da sua utilização.

As versões mild-hybrid (eTSI) correspondem às versões 1.5 de 115 CV e de 150 CV, as quais estão também disponíveis sem qualquer eletrificação (perdendo o ‘e’ na sigla TSI) com iguais valores de potência. Além do sistema elétrico de 48 V, outra diferença entre ambas as vertentes está nas opções de caixa de velocidades, com as versões 1.5 TSI a disporem de caixa manual de seis relações. No campo dos turbodiesel, duas opções com base no bloco 2.0 TDI, de 115 CV (caixa manual) e de 150 CV (caixa DSG de sete velocidades).

No âmbito dos modelos desportivos, o Golf GTI foi ainda melhorado em termos de prestações, graças ao incremento de potência a partir do bloco 2.0 TSI, que passa a debitar 265 CV em comparação com os anteriores 245 CV, apenas em associação com a caixa automática DSG de dupla embraiagem. A caixa manual sairá de cena.

A Volkswagen garante ainda a continuidade dos modelos GTI Clubsport, Golf R e Golf Variant R (carrinha). Os modelos mais desportivos R terão tração integral 4Motion. Nota para o facto de a marca vir a lançar outras versões de tração integral com motor TSI mais tarde.

No lançamento, a Volkswagen terá as carroçarias de cinco portas compacta e carrinha (Variant) com uma versão de entrada (Golf), seguida dos níveis de equipamento Life (médio), Style (equipamento elegante de topo de gama) e R-Line (equipamento desportivo de topo de gama).

A carrinha irá registar as mesmas melhorias que a versão compacta de cinco portas, propondo, no entanto, um aumento da versatilidade para as funções familiares.

“O Golf tem estado no coração da marca Volkswagen desde há meio século, oferecendo mobilidade acessível a todos ao mais alto nível técnico. É precisamente isto que estamos agora a desenvolver com a nova fase evolutiva – com uma eficiência, conforto e qualidade ainda maiores e um novo conceito de funcionamento. O Golf não pode ser melhor do que isto”, sumariza Thomas Schäfer, Diretor Executivo da Volkswagen Passenger Cars, referindo-se a esta atualização de meio de ciclo.

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