O mundo automóvel continua seduzido pelos SUV. Mas, de vez em quando, faz muito bem às marcas recordarem-se de outros segmentos que, ao longo da história, têm assegurado (e continuam a fazê-lo) parte significativa das suas vendas. Ainda hoje, acrescente-se, as carrinhas representam perto de 25% do total do mercado.
Com este número na mente, a chegada, neste mês de junho, da versão SW do Peugeot 508 (depois da berlina), ganha uma importância e uma expetativa acrescidas.
A marca francesa tem apostado e com sucesso nos SUV, como são disso o melhor exemplo, os modelos 3008 e 5008. Mas não esconde o orgulho nesta carrinha que busca inspiração nas designadas Shooting Break.
Silhueta imponente
O modelo que o Motor 24 foi conhecer nas margens do Alqueva tem tudo para agitar as águas do segmento D das carrinhas. De silhueta baixa e visual dinâmico, o 508 SW exibe umas óticas Full LED que lhe conferem uma expressão felina – imperiosa, no mínimo, a sua imagem quando surge a sua imagem refletida num retrovisor.
As barras no tejadilho (funcionais) garantem à carrinha a mesma altura da berlina (apenas 1,42 metros), cerca de 6 cm menos do que a geração anterior, graças a uma aerodinâmica otimizada, que não rouba espaço interior. Possui 4,79 metros de comprimento, mais 4 cm do que a berlina e menos 4 cm do que o antecessor.
De perfil, a estética é fluida e suportada por umas linhas de tejadilho baixas e alongadas. Detalhe a sublinhar são as portas sem moldura que ajudam a refinar uma silhueta a apontar, sem preconceitos, aos modelos topo-de-gama.A traseira consegue prolongar o efeito visual, muito devido a uma faixa horizontal em preto brilhante, que enquadra as luzes traseiras Full LED tridimensionais, herdadas da berlina. O acesso à bagageira é feito por via de um prático portão, dispondo o 508 SW de 530 litros sob a chapeleira. De resto, a modularidade é um dos seus trunfos. O banco traseiro rebatível 2/3 e 1/3 é dotado da função Magic Flat, sistema que permite o rápido rebatimento das metades dos bancos traseiros, por ação de dois comandos acessíveis em ambos os lados da bagageira, cuja capacidade total é de 1.780 litros.
Por dentro, mandam os pormenores, que procuram interpretar da melhor maneira o conceito Peugeot i-Cockpit, aliando a tecnologia com o conforto. O volante compacto é revestido a couro (perfurado nas versões GT e GT Line) e o comando da caixa automática tem um funcionamento elétrico por impulsos, estando integrado na consola central, onde não faltam espaços de arrumação.
Devido a uma criativa solução, na zona junto da (nova) caixa EAT8, podem colocar-se os smartphones e carregá-los, por indução, num compartimento sob a consola.
Para já, os Diesel…
Com uma condução suave e dinâmica, o Peugeot 508 vale-se da plataforma EMP2, que obrigou a carrinha a emagrecer 70 kg, em média, face ao antecessor, o que se traduziu em poupanças de combustível, maior segurança, e uma melhoria generalizada em matéria de prestações.
Os preços (já conhecidos) começam nos €37.200 do 1.5 BlueHDi 130 CMV6 (Active), passam pelos €40.200 do 1.5 BlueHDi 130 EAT8 (Business Line) e pelos €44.340 do 2.0 BlueHDi 160 EAT8, cabendo ao 2.0 BlueHDi 180 EAT8 (First Edition) assumir o papel da versão mais elitista e obrigando a um investimento de €54.640.
No final deste ano, a gama contará ainda com uma variante a gasolina híbrida plug-in, prometendo um funcionamento ZEV (Veículo Zero Emissões) alargado de 40 km no ciclo WLTP, sem prejuízo da bagageira, uma vez que as baterias se encontrarão escondidas sob o banco traseiro.
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