Peugeot 508 SW: Senhora carrinha com ar felino

07/12/2018

Elegância desportiva ou funcionalidade familiar? Se não quer escolher uma em detrimento de outra, a Peugeot quer que a nova carrinha 508 SW seja a solução para uma equação que muitas famílias têm. Chega no final da primavera de 2019, com preços entre os 2000 e os 3000 mil euros acima das versões correspondentes berlina.

A marca francesa sabe bem que tem uma missão árdua pela frente: enfrentar as marcas alemãs no complicado segmento Premium das carrinhas, mas parte convencida de que a 508 SW é uma resposta eficaz para atender às necessidades dos clientes mais jovens, mas também dos responsáveis de frotas, para os quais esta nova carrinha também está muito vocacionada.

Num segmento D que, na Europa representa um mercado de cerca de 1.400.000 veículos, a proporção de carrinhas mantém-se estável, uma vez que um em cada três veículos vendidos, apesar do crescente aumento de novas propostas e silhuetas, notavelmente, dos SUV.

Daí que o formato radical e desportivo da versão berlina tenha sido mantido para este novo modelo, que se destaca pelos 4790 mm de comprimento (mais 4 cm do que na berlina e menos 4 cm do que na geração anterior) e pela linha de tejadilho baixa e alongada, embora mais funcional do que no caso da berlina. A altura da carrinha é de 1,42 m (menos 6 cm do que na geração anterior), com pressupostos melhorados em termos de habitabilidade. As grandes melhorias apontadas pela Peugeot estão nos lugares traseiros, nos quais aumentaram o espaço para as pernas e cabeça. A plataforma é a mesma da berlina, ou seja, a eficiente EMP2.

Melhorado também face à berlina foi o espaço para bagagens, que varia entre os 530 litros e os 1780 litros, com os encostos dos bancos traseiros rebatidos, num vão com mais 25 mm de profundidade.

Também nas tecnologias, a nova carrinha está em muito bom nível, desde logo pela inclusão do mais evoluído sistema i-Cockpit, com instrumentação estilo ‘head-up display‘ digital variável em termos de informações para o condutor e volante de dimensões reduzidas que, de acordo com a marca, transmite uma sensação de agilidade ao volante. Além disso, para completar o dinamismo do interior, muito semelhante por exemplo ao que se pode encontrar nos 3008 e 5008, há ainda um ecrã central capacitivo de 10 polegadas de alta definição. As teclas de tipo piano que servem para atalhos na consola central também estão presentes. Quanto à posição de condução, tantas vezes criticada por obrigar a compromissos na visualização dos dados da instrumentação, a Peugeot explica que foi concebida com recurso a dados antropométricos. Por isso, não muda…

Por outro lado, o novo 508 conta com uma nova leva de sistemas e tecnologias de condução semiautónoma, de nível 2, com destaques para o Cruise Control Adaptativo com Lane Assist (três distâncias pré-programadas), ou seja, mantém o veículo na sua faixa, e para o Night Vision Assist, que torna a condução noturna mais segura com a transmissão para o painel de instrumentos de imagens de câmara infra-vermelhos com alcance até 200 metros. Com isso, consegue melhorar a segurança noturna.

Motores: Cinco opções iniciais e Plug-in depois

A gama de motorizações não ‘inventa’ e tem a mesma configuração da variante berlina. Assim, para o lançamento, a marca gaulesa terá três unidades turbodiesel e duas a gasolina de elevada eficiência (todas com start-stop), com potências entre os 130 CV e os 225 CV. No caso das versões a gasolina, a 508 SW contará com motores 1.6 PureTech de 180 CV e de 225 CV (GT), sempre associadas a caixas de velocidades automáticas com oito relações EAT8. Os consumos variam entre os 5,4 l/100 e os 5,7 l/100 km e as emissões de CO2 entre os 125 g/km e os 132 g/km.

Virando para os Diesel, a gama será composta pelo motor 1.5 BlueHDi de 130 CV (único a poder contar com caixa manual de seis velocidades) e pelas unidades de 160 CV e de 180 CV, sendo que estas duas são exclusivamente comercializadas com caixa automática de oito velocidades. A mais frugal terá consumos de 3,8 l/100 km e a mais sedenta de 4,7 l/100 km para emissões variáveis entre os 100 g/km e os 124 g/km.

Mas, compreendendo que a eletrificação faz parte do futuro da Peugeot (e do Grupo PSA, naturalmente, como referiu o diretor de estratégia do Grupo PSA, Christophe Roqueta), a marca irá lançar uma nova versão Plug-in híbrida em 2019, com motor elétrico de 80 kW a auxiliar um motor de combustão interna a gasolina. Com uma bateria de iões de lítio de 300V e 11.8 kWh, a autonomia esperada é de 50 quilómetros (em ciclo NEDC).

De resto, tecnicamente, apesar do ligeiro aumento de peso (em redor dos 30 kg) face à berlina, a Peugeot pretende manter o mesmo dinamismo e conforto.

First Edition para ‘abrir hostilidades’

No lançamento, tal como sucede com a berlina, também a carrinha terá uma First Edition, ou seja, uma edição limitada com mais equipamento, nomeadamente com jantes de liga leve de 19 polegadas, piso da bagageira em madeira, grelha com contorno preto brilhante, soleiras específicas da versão e, numa opção para fora do carro, uns auscultadores da Focal sem fios, que se coadunam com o sistema de alta-fidelidade presente no veículo.

A gama será composta pelos níveis Active, Business Line, Allure, GT Line e GT, esta última afeta unicamente às duas motorizações mais potentes: 1.6 PureTech de 225 CV e a 2.0 BlueHDi de 180 CV.

Os preços serão entre 2000 e 3000€ mais altos do que os das versões correspondentes berlina. O mesmo será dizer que a mais acessível será a 508 SW Active com motorização 1.5 BlueHDi de 130 CV com caixa manual numa variação entre os 37.300€ e os 38.300€.

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