A jovem marca fundada pelo bisneto de Ferdinand Porsche estará a patentear solução inovadora que permite o carregamento ultra-rápido das baterias: até 80% em apenas cinco minutos.

No efervescente segmento dos automóveis elétricos, a par da autonomia e das prestações, reduzidos tempos de recarga das baterias começa a ser importante argumento de vendas para todos os fabricantes dedicados a fazer a diferença num mercado que acelera ainda a velocidade cruzeiro. Neste campeonato à parte de novos ‘players’, à procura de um lugar ao sol, compete, por exemplo, a Piëch Automotive AG, marca fundada por Anton, bisneto de Ferdinand Porsche, que aponta ao sucesso cumprindo com todas as exigências acima referidas e somando-lhe linhas arrebatadoras.

O Mark Zero apresenta-se com uma imagem clássica, ao contrário do que produzem alguns dos concorrentes diretos, explorando com mais arrojo a maior flexibilidade que oferecem os sistemas elétricos em matéria de design. Mesmo com as baterias instaladas no piso do veículo e os três motores posicionados nos eixos, no primeiro automóvel da Piëch seguiu-se a fórmula de capot de dimensões generosas e traseira cortada, comum à maioria dos desportivos.

Entre as credenciais técnicas conhecidas, o Mark Zero terá potência anunciada de cerca de 400 cv e bateria com capacidade para garantir autonomia a rondar os 500 quilómetros, mas segundo o fabricante o fator que o irá diferenciar de parte da concorrência será o seu sistema de recarregamentos de última geração, a permitir cargas ultra-rápidas, recuperando até 80% em cerca de cinco minutos.

Para tão ambicioso objetivo, a Piëch trabalha em parceria com o Grupo Desten e com a chinesa Qingdao TGOOD Electric, empresa espacializada na tecnologia de baterias de carga rápida, encarregue de desenhar com módulo capaz de oferecer os elevados níveis de potência anunciados pela marca, mantendo temperaturas aceitáveis, num automóvel que acelera de 0 a 100 km/h em pouco mais de 3 segundos…

Durante a apresentação do protótipo, Andrew Whitworth, diretor de operações da Desten, afirmou que, apesar de não poder fornecer informações detalhadas sobre a tecnologia com processo de patente em curso, os engenheiros teriam criado uma solução inovadora que permite «correntes significativamente mais elevadas, quase sem gerar calor durante a carga e a descarga, tornando o processo muito mais eficiente. «Os testes estão a ser realizados neste momento pelo TÜV, a Associação de Inspeções Técnicas na Alemanha», garantiu.

 

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