Os motores de jogos são cada vez mais evoluídos (bases virtuais gráficas e de processamento sobre as quais assentam os jogos de vídeo), chamando para si um fotorrealismo que é saudado por jogadores de todo mundo e em todas as plataformas. Mais do que peças para crianças, os videojogos são agora uma vertente explorada por diversos tipos de pessoas, havendo também uma nova área de negócio envolvendo os e-sports (desportos virtuais), que já conseguem encher arenas.
Na marca bávara, adotou-se também essa ideia, com motores de jogos a serem usados em áreas como o Design, Pesquisa & Desenvolvimento, Produção e Vendas desde 2016, o que permite reduzir os ciclos de desenvolvimento graças a esta tecnologia de consumo em evolução constante.
Aliás, com a ajuda do famoso motor de jogo ‘Unreal Engine’, o Grupo BMW consegue ter uma abordagem holística completa, pensando numa revisão completa do processo de desenvolvimento dos seus veículos. Face ao desfasamento das ferramentas tradicionais de engenharia em relação ao desenvolvimento de produtos de nova geração, a BMW encetou uma parceria com a Epic Games, empresa sonante que tem a seu cargo jogos como o famoso ‘Fortnite’, desde 2015.
Assim, recorre-se a um sistema de realidade mista, utilizando componentes desenvolvidos incialmente para a indústria dos videojogos, poupando tempo e esforços por parte das diferentes equipas de desenvolvimento, sobretudo nas fases iniciais dos projetos. Estas ferramentas digitais usadas pelo Grupo BMW assentam no motor de jogo ‘Unreal Engine 4’, que também dá vida ao ‘Fortnite’ e ao jogo de corridas ‘Assetto Corsa Competizione’.
O novo BMW iNEXT será o primeiro automóvel da marca a contar com um desenvolvimento assente nesta fórmula digital, combinando realidade mista, o que permite visualizar, em tempo real funções como mudanças do interior, design, numa flexibilidade de desenvolvimento sem precedentes.A possibilidade de apresentar funções dos automóveis de forma digital e conceitos do habitáculo de forma extremamente rápida abrem novas metodologias, por exemplo, para simular viagens através das cidades. Aqui, é possível testar aspetos como a visibilidade em redor do carro e verificar os diferentes ângulos e posições de condução com respeito ao visor da instrumentação.
Ina Heckel, responsável pela área de desenvolvimento de software de experiência virtual, explica que “esta é uma ferramenta que nos permite poupar imenso tempo. Somos muito mais rápidos e flexíveis no desenvolvimento e também poupamos em componentes de protótipos. Múltiplas pessoas podem trabalhar sobre o mesmo tópico e encontrar-se no mesmo carro [virtual], avaliá-lo e decidir sobre os passos seguintes. Mesmo quando as equipas estão espalhadas em redor do mundo”.
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