Ferrari 575 GTZ Zagato: Encomendado pelo colecionador japonês Yoshiyuki Hayashi, o Ferrari 575 GTZ Zagato prestava homenagem ao 250 GTZ de 1956, que em 2006 comemorava o seu 50º aniversário. O modelo de base era o 575 M que Hayashi já detinha em sua posse.
A Zagato foi contactada para o efeito e esta, por sua vez, informou a Ferrari, que acedeu a ajudar nesta recriação histórica, que se demarcava pela carroçaria integralmente em alumínio e pela cor de dois tons, sem esquecer as tradicionais bossas no tejadilho, que eram comuns nas décadas de 1950 e 1960 quando os coupés eram usados em corridas e os capacetes dos pilotos ‘tinham’ de caber no habitáculo.
Hayashi é detentor de uma enorme coleção de Ferrari - alguns dos quais de enorme raridade.
Ferrari P540 Superfast Aperta: Numa combinação de excentricidades, a cor dourada da carroçaria embeleza uma variante bem diferente do 599 GTB Fiorano que serviu como ponto de partida para mais um projeto especial, desta feita para um cliente americano.
A inspiração para este modelo voltava a ser de épocas passadas, em concreto um dos Ferrari desenhados pela Carrozzeria Fantuzzi para o filme ‘Histórias Extraordinárias’ de Federico Fellini em 1968, uma das histórias inspiradas pela obra de Edgar Allan Poe.
O segundo dos projetos especiais direcionava-se a Edward Walson, filho de John Walson, inventor da televisão por cabo. Na sua mente, depois de ver o filme, Edward ‘cismou’ com a ideia de que um dia teria o ‘seu” Ferrari.
Ferrari SP12 EC: Observando o sucesso das versões anteriores e compreendendo que existiria aqui um filão por explorar para os clientes muito abastados, a Ferrari começou a trabalhar a ‘sério’ num departamento de criação de modelos por medida do cliente.
Um dos resultados mais convincentes surgiu em 2012, com o SP12 EC, um desportivo desenhado em colaboração entre o Centro Stile Ferrari e a Pininfarina como homenagem ao ‘histórico’ 512 BB, um dos modelos com motor ‘boxer’ mais importante na história da marca.
O cliente para quem se dirigiu este modelo foi o cantor e compositor Eric Clapton, que foi proprietário de três BB ao longo da sua vida. Assim se explicam as ranhuras na secção dianteira e a configuração do capo-motor. A base era um 458 Itália.
Ferrari F12 TRS: Inspirado no 250 Testa Rossa de 1957, este F12 TRS recorria aos órgãos mecânicos de um F12berlinetta, mas com uma abordagem estética única por parte de Flavio Manzoni e do Ferrari Centro Stile.
Os pergaminhos dinâmicos mantinham-se, incluindo a aceleração dos zero aos 100 km/h em 3,1 segundos.
Característica que não faltava nesta edição especial era a das cabeças dos cilindros pintadas a vermelho, assim como um grafismo estético em forma de ‘T’ na secção posterior. A componente aerodinâmica estava ainda bastante avançada neste roadster de dois lugares.
Ferrari 458 MM Speciale: Destinado a um cliente britânico, o 458 MM tinha como base – naturalmente – o 458 Speciale, a versão mais extrema daquele modelo, mas aqui apresentado numa configuração estética bem distinta.
De perfil, imagem muito em cunha, ao estilo dos superdesportivos de 1970. De resto, muito do trabalho feito neste carro passou pela recolocação dos elementos de refrigeração, dada a diferença nas tomadas de ar face ao 458 Speciale de base.
A criatividade ficou a cargo, uma vez mais, do centro de estilo da Ferrari, destacando-se pelo efeito de visor criado pelos pilares A pintados de negro, concedendo uma ideia de continuidade na superfície vidrada. Com pintura em branco Itália e grafismo de homenagem à bandeira italiana, a carroçaria foi concebida de maneira artesanal em alumínio e para-choques em carbono.
Ferrari SP38: O mais recente dos modelos do programa de criações especiais da Ferrari foi o SP38, desenhado igualmente pelo Ferrari Design Centre com base na mecânica do 488 GTB.
Pensado para rodar em pista ou em estrada, o SP38 procurava expressar a beleza e a inovação dos Ferrari, havendo por parte da marca a ideia de que este modelo representava uma homenagem ao F40.
A secção traseira era única graças ao seu padrão na cobertura do motor, com as ranhuras a remeterem para o passado dos modelos de competição. As próprias jantes eram igualmente uma reinterpretação daquelas usadas nos superdesportivos da década de 1990, como o F50.
O Ferrari SP3JC foi comissionado por um colecionador da marca italiana, cujo pedido era muito simples: um desportivo de linhas a evocar os roadsters das décadas de 1950 e de 1960, com a base a ser a de um F12tdf. O motor de 780 CV fica à vista através de aberturas em vidro, destacando-se ainda a ‘ponte’ em fibra de carbono entre as proteções de cabeça do habitáculo.
Este modelo acaba assim por ser a expressão máxima dos desportivos descapotáveis com motor V12 e estilo muito especial, que levou dois anos e meio a desenvolver, com o cliente/comprador a ter um papel muito interventivo ao longo de todo esse processo.
A decoração é evocativa da paixão pela Pop Art, com grafismo de cor garrida numa combinação de Azzurro Met e de Giallo Modena, ou seja, azul metalizado e amarelo, conjugados com o branco especial denominado Bianco Italia.
Mais extremo, o P80/C é um carro de competição puro com base num 488 GT3, respondendo ao pedido do cliente de produzir uma versão moderna de um protótipo do passado, como os 330 P3/P4 ou Dino 206 S das décadas de 1960 e 1970.
O desenvolvimento iniciou-se em 2015, durante até 2019, quando foi revelado. A base do 488 GT3 significa que tem uma distância entre eixos maior em 50 mm face a um 488 GTB, proporcionado uma distribuição de peso e proporções em termos visuais mais musculada.
O P80/C foi produzido inteiramente em fibra de carbono, deixada à vista nalguns dos pontos, evidenciando assim a sua exclusividade.
Como base, recorreu-se ao 812 Superfast, mudando praticamente todos os elementos da carroçaria, com exceção do para-brisas e dos faróis, que se mantiveram do modelo de Superfast.
A pintura escolhida foi um vermelho mais escuro, denominado Rosso Magma, que é adornada por decoração de competição e que reforça um visual mais desportivo e robusto, composta por uma tonalidade nova de vermelho criada propositadamente pela Ferrari.
Visualmente, entre as principais diferenças, destaque para a secção dianteira reformulada com novo para-choques, cavas das rodas mais musculadas e duas entradas de ar junto aos faróis, de cada lado do capot, enquanto na traseira, replicando uma característica do passado, o vidro traseiro é substituído por três ‘cortes’ horizontais.
A Ferrari traz consigo uma aura de exclusividade associada a uma história longa e repleta de modelos emblemáticos. Mas alguns automóveis oriundos de Maranello são mais especiais do que outros.
Alguns dos automóveis fabricados pela Ferrari são precisamente edições especiais criadas a preceito para clientes abastados que preferem a exclusividade a um preço exorbitante, mesmo que na sua base estejam alguns dos modelos já em comercialização.
As figuras que encomendam estes modelos são igualmente variadas, entre artistas da área da cultura, como Eric Clapton, a colecionadores, passando ainda por outros que preferem não ser identificados, ficando-se assim com uma interrogação permanente em relação aos seus ‘criadores’.
Eis uma lista de sete dos Ferrari recentes mais exclusivos e espetaculares.
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