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AE 86 Trueno a hidrogénio e Levin EV: Toyoda diz que conversão pode salvar clássicos a combustão

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O Presidente da Toyota, Akio Toyoda, garante que a eletrificação não tem de significar o fim do gosto pelos automóveis, lançando também um repto curioso para os entusiastas na abertura do Salão de Tóquio: que a conversão dos modelos clássicos de combustão para elétricos pode dar-lhes um novo fôlego e ajudar na luta contra as alterações climáticas.

Um entusiasta e amante dos automóveis, Toyoda, também conhecido pela sua alcunha ‘Morizo’ quando assume o lugar de piloto, explicou que “há um caminho de neutralidade carbónica que podemos seguir enquanto amantes dos automóveis”, apontando para dois dos exemplos revelados naquele certame dedicado mais à transformação e componentes para automóveis.

Em palco apareceram então dois Toyota que ainda hoje são considerados dos mais emblemáticos por muitos adeptos da marca, um AE 86 Trueno e um Levin, o primeiro alimentado a hidrogénio e o segundo transformado em elétrico.

O conceito original da participação da Toyota no Salão de Tóquio é de que “nenhum entusiasta dos automóveis fica para trás”, enfatizando que o caminho da neutralidade carbónica pode ser feito de muitas formas, mas protegendo o legado de quem aprecia os automóveis e a veia mais desportiva.

Neste sentido, se a Toyota já conta com experiência em motores de combustão a hidrogénio após a experiência de motores do GR Yaris convertidos para aquele combustível, o Trueno do Salão de Tóquio contava com o motor 4AG original, pelo que a conversão é ainda mais notável, atendendo a que se trata de um motor já com décadas de existência.

Já o Levin dispensou o motor 4AG por inteiro, com Toyoda a dizer que “o motor original é um tesouro, pelo que foi removido com o maior dos cuidados”. Gracejando, indica que este nome tem existido há quase meio século, escondendo mesmo o termo ‘EV’ na sua designação. Por outro lado, a caixa manual foi mantida, pelo que a ação de mudança de velocidade foi mantida, mesmo com a motorização elétrica. Recorre ao motor elétrico do Tundra HEV e a bateria do Prius PHEV, naqueles que são elementos compactos adaptáveis a este modelo clássico.

Caminho da mudança

Para o CEO da Toyota, a ideia de converter os automóveis clássicos para uma tecnologia mais moderna pode ser uma solução importante para reduzir as emissões globais.

“Toda a gente adora carros. No entanto, nenhum deles acredita que a Terra não é um problema seu. O que é que podem fazer, individualmente, para ajudar a alcançar a neutralidade carbónica? Estão seriamente a pensar nisto. Muitos construtores almejam uma mudança completa para os elétricos a bateria em redor de 2030-40. Mas, a realidade é que não podemos alcançar as emissões zero de carbono em 2050 apenas com a troca das vendas de carros novos para VE”, afirmou Toyoda, acrescentando que “é importante fornecer opções para os carros queridos que já são propriedade de alguém”.

Adiantando que a tecnologia de conversão apresentada no certame nipónico ainda está em desenvolvimento, o Presidente da Toyota deixou claro que “quero descartar o medo que temos de que não poderemos conduzir os nossos queridos carros quando escolhemos a neutralidade carbónica. Pelo contrário, há um caminho de neutralidade carbónica que os entusiastas dos automóveis podem seguir”.