A informação é avançada pelo jornal The Guardian, que aponta a ideia da capital holandesa de marcar um passo rumo a uma melhoria significativa das condições ambientais no seu interior, apesar de ter já uma grande fatia de cidadãos que recorrem a meios ‘suaves’ de mobilidade, sobretudo a bicicleta.
Consideram, ainda, que os modelos a gasolina e gasóleo prejudicam a qualidade de vida e saúde dos cidadãos, pelo que as limitações nos automóveis vão começar já daqui a um ano, em 2020, quando os carros Diesel com mais de 15 anos passarão a ser proibidos de entrar na cidade para lá do anel da A10 – a via que circunscreve a cidade –, sendo que, dois anos depois, nenhum autocarro ou transporte público com motor térmico poderá funcionar no centro da cidade.
Aumentando gradualmente os veículos abrangidos por essa proibição, será em 2030 que todos os automóveis ficarão de fora da cidade de Amesterdão.
“A poluição é, muitas vezes, um assassino silencioso e um dos grandes responsáveis por problemas de saúde em Amesterdão”, é citada a responsável pela mobilidade e trânsito da cidade, Sharon Dijksma.
De forma a incentivar a passagem para os veículos 100% elétricos ou a pilha de combustível, os responsáveis da cidade pretendem oferecer estações de carregamento a todos os compradores de um veículo sem emissões, sendo que, para tornar esta ideia viável e funcional, algumas estimativas apontem para a instalação obrigatória de 16 mil a 23 mil postos de carga.Contudo, nem toda a gente ficou agradada com este plano anunciado pela cidade de Amesterdão. A Associação Rai, que defende os interesses da indústria automóvel, condenou a imposição definitiva do plano ao considerar que muitos dos habitantes da cidade ficarão excluídos da ideia de mobilidade por não poderem comprar um veículo elétrico.
“Muitas dezenas de milhares de famílias que não têm dinheiro para um carro elétrico vão ficar brevemente sem saída. Isso vai fazer de Amesterdão uma cidade para os ricos. Em 2030, cerca de um terço dos carros serão elétricos, esperamos. Mas existirá também uma parte das pessoas que não poderá adquirir um deles”, afirmou um porta-voz da associação.
