Duas das maiores novidades no stand da Toyota em Paris foram o Corolla (sobretudo pela apresentação da variante carrinha, a Touring Sports) e o Camry, modelos que vêm enriquecer a gama de modelos da marca nipónica nos próximos meses, acabando por assumir, ainda que de moldes distintos, os posicionamentos anteriormente detidos pelo Auris e pelo Avensis.

No caso do Corolla, o regresso deste nome mítico na marca a toda a gama de modelos do segmento C (na geração anterior, apenas o sedan conservava a designação, enquanto o compacto e a carrinha eram Auris), surge no âmbito de uma viragem de marketing, mas também por uma vontade de inspiração no passado de sucesso deste modelo. Além disso, simboliza também o ‘ponto de encontro’ da fórmula global de desenvolvimento de novos veículos proporcionada pela plataforma Toyota New Global Architecture (TNGA).

Hiroaki Nanahara, vice-presidente executivo da Toyota Motor Europe (TME) e responsável pela área de vendas e marketing, explicou em reunião exclusiva à qual o Motor24 teve acesso, que esta foi uma decisão que acaba por ser natural dada a globalidade esperada para esta nova geração do compacto de segmento C.

“Porquê Corolla? É uma decisão natural porque é um nome muito forte no mundo e quisemos uniformizar a denominação a nível global. Com a estreia da nova plataforma, achámos que era o momento indicado e achamos que vai ser bem-sucedido”, referiu o japonês, complementado nas suas declarações por Jacques Pieraerts, Vice-presidente da TME: “anteriormente, eram três as plataformas, mas agora com uma única plataforma uniformizou-se o nome”, referiu.

Assim, se o Auris simplesmente viu a sua denominação alterada para Corolla, o caso do Avensis é substancialmente distinto. Isto porque o modelo saiu de cena e foi substituído pelo Camry, uma berlina de grande porte de enorme sucesso nos Estados Unidos da América e que chegará na primeira metade de 2019 ao mercado europeu com uma motorização híbrida como solução única.

“Com o Avensis temos visto o declínio dos números, embora também seja uma fase de descontinuidade. Olhámos para o nosso portefólio global e vimos o Camry como solução para sermos mais consistentes com a presença da Toyota nesse segmento. Tal como o Nanahara-san estava a explicar, não é algo único no segmento C, estamos a tentar ser mais consistentes globalmente enquanto marca e deixar de ter veículos diferentes com diferentes nomes em diversos locais no mundo. Tentámos harmonizar o nome e faz sentido no segmento D trazer o Camry. Com o Avensis, uma grande pare das nossas vendas eram Diesel e como o Diesel caiu, o Avensis perdeu força”, refere o mesmo responsável, elogiando ainda o reforço da faceta Diesel.

“Além disso, foi uma forma de estender a força do híbrido, também com o Camry para esse segmento. Não vemos que todos os condutores do Avensis possam ir para o Camry Hybrid, mas olhando para os nossos modelos como Corolla, o RAV4 ou o C-HR temos uma gama completa de opções disponíveis para que possamos manter uma grande maioria dos clientes da Avensis”, complementou.

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