M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Corria o ano de 1959, e a Guerra Fria estava ainda muito equilibrada. O conflito da Coreia já tinha acabado, o do Vietname estava ao virar da esquina. E a União Soviética procurava dominar os sete mares com um submarino do tipo que ninguém havia visto antes. Esse submarino passou a ser conhecido como K-222 ou Papa Class, tornando-se o submarino mais rápido do mundo, e uma das inspirações para o livro “Caça ao Outubro Vermelho”.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O K-222 começou a ser projetado em 1959, com o nome provisório 661 Anchar, e devia ser feito sem recorrer a qualquer projeto anterior. Foi lançado em 1968 com o nome K-162, como o primeiro submarino construído inteiramente em titânio, para um peso de 5280 toneladas, uma tripulação de 82 pessoas e dois reatores nucleares que geravam uma potência de 240.000 cv. Isto era suficiente para atingir a velocidade de 44,7 nós, ou 82,8 km/h, que ainda não foi igualada por qualquer outro submarino, apesar do K-222 ter sido colocado na reserva em 1988 e desmantelado em 2010.

A designação K-162 deu lugar ao nome final K-222, mas a NATO conhecia-o como Papa Class. Era, aliás, o único submarino a ocupar esta classe, tendo sido desenhado para atacar esquadras de porta-aviões com os seus 10 mísseis de cruzeiro, cada um com o seu tubo individual, e 12 torpedos de 553 mm. O K-222 era um favorito do escritor Tom Clancy, que o usou como o Outubro Vermelho no livro “Caça ao Outubro Vermelho” (embora a história se inspire num motim real numa fragata soviética), bem como em “Red Storm Rising”, um livro de história alternativa, onde se inicia a Terceira Guerra Mundial.

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