M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A NASA está a procurar formas alternativas de criar aeronaves sem poluição, pelo que decidiu financiar a investigação para a criação de um avião a hidrogénio. Desta forma, poderão finalmente encontrar uma forma de utilizar a energia elétrica para mover uma aeronave, eliminando a dependência da indústria aeronáutica em combustíveis fósseis. Até aqui, esperava-se que o tráfego aéreo continuasse a ser o principal contribuinte para as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O programa da NASA para a criação do avião a hidrogénio tem o nome CHEETA, para Centro de Tecnologias Elétricas de Alta Eficiência Criogénica para Aeronaves. A agência aero-espacial americana vai contribuir com seis milhões de dólares (5,3 milhões de euros) para o desenvolvimento de um avião que possa funcionar com hidrogénio líquido, a temperaturas muito baixas. A energia acumulada no hidrogénio vai ser convertida em eletricidade, aproveitada por supercondutores de modo a garantir um mínimo de perdas energéticas, importante para “esticar” a autonomia do avião a hidrogénio.

Esta é uma tecnologia que ainda não existe, tanto no aproveitamento de energia como nos sistemas de refrigeração, pelo que o programa CHEETA vai ter a oportunidade de criar novo tudo o que vai ser usado num avião a hidrogénio, com potência elétrica e poluição zero. Esta situação abre a porta para reinventar toda a aeronave sem as limitações de design associadas a motores de combustão. Para isso, a NASA conta com o apoio do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade do Illinois, nos Estados Unidos.