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8 carros pequenos com motores muito grandes

MERCEDES C 43 AMG Hoje, é normal a Mercedes ter motores V8 nas suas versões desportivas da AMG, mas em 1997 foi quase preciso "encravar" este V8 de 4,3 litros e 306 cv no chassis W202, a única maneira de ter um Mercedes Classe C que pudesse combater o potente motor do BMW M3. Isto num carro cujas versões de entrada de entrada eram um 1.8 de 122 cv e um 2.0 Diesel de 75 cv.
VOLKSWAGEN PASSAT W8 Em 2001, a Volkswagen estava a trabalhar na configuração "W" (três ou quatro bancadas de cilindros) para os motores dos seus modelos luxuosos. Para isso, instalou este motor de 4 litros de cilindrada, mais compacto que um V8 equivalente, com 275 cv, no Passat. O modelo médio da marca alemã tinha um motor 1.6 de 102 cv como entrada e já o V6 era quase um exagero na época para um topo de gama, quanto mais este W8.
FORD CAPRI PERANA Na Europa, as versões desportivas RS do Ford Capri tinham motores V6, mas para os sul-africanos isso não chegava. O importador local recorreu a um tuner para instalar o motor do Ford Mustang, com 4,9 litros no coupé de origem britânica, transformando-o numa máquina imbatível para pilotos amadores. De origem, o Capri tinha motores de quatro cilindros de 1,3 a 2 litros, bem como V6 de 2,3 a 3,1 litros. FOTO: CC-BY-2.0 Sicnag/Flickr
RENAULT CLIO V6 Em 2001, a Renault propôs fazer um modelo de homenagem ao 5 Alpine Turbo, e contratou a Tom Walkinshaw Racing para preparar um modelo especial com base no Clio. O preparador britânico pegou no Peugeot-Renault V6 (herdeiro do PRV) usado no Safrane e instalou na traseira do pequeno carro francês, pois era o único sítio onde cabia. Considerando que os modelos de origem tinha 75 cv e que até o Clio RS não passava dos 172, este V6 debitava 230 cv na primeira fase e 255 na segunda.
MGB GT V8 Nos anos 60 e 70, os descapotáveis britânicos caracterizavam-se por montar motores pequenos e fiáveis em chassis leves, resultando em desportivos baratos, ágeis e divertidos. Mas a British Leyland tinha comprado os direitos de produção do compacto Buick 215, e resolveu provar o valor do motor instalando-o no MGB. Em 1973, este 3.5 V8 tinha o dobro do tamanho do 1.8 normal que acompanhava o MGB, e a potência saltou dos 95 para os 137 cv. Como este motor era de alumínio, o resultado final não era muito mais pesado que o modelo de origem.
ALFA ROMEO 147 GTA As berlinas familiares desportivas estavam na moda no início do século, tanto que algumas marcas começaram até a instalar motores V6 nestes modelos. Foi o caso da Alfa Romeo, que em 2003 instalou o motor 3.2 do 156 no mais pequeno 147, com 250 cv de potência, bem mais do dobro do motor 1.4 Twin Spark de origem. E o tuner inglês Autodelta chegou a aumentar a cilindrada para 3,7 litros com 328 cv.
SUNBEAM TIGER Carroll Shelby era um piloto e preparador americano que adorava usar os leves carros britânicos em corrida, mas queria que fossem mais potentes. A sua conversão mais famosa é o transformação do AC Ace no Cobra, e em 1964 resolveu tentar obter o mesmo sucesso com uma versão Sunbeam Alpine. Tirou-lhe o motor 1.6 de origem e colocou um Ford V8, primeira na versão 4.3 e depois na versão 4.7, reforçou o chassis e chamou-lhe Sunbeam Tiger. Reza a lenda que o dono da Sunbeam, Lord Rootes, não achou piada quando soube deste carro, mas depois de o experimentar, mandou acelerar a passagem de protótipo para produção.
AMC GREMLIN Durante muitos anos, as marcas americanas não usavam duplas árvores de cames, quatro válvulas por cilindro ou turbos, com muitos engenheiros a apregoarem que "não há substituto para a cilindrada". É assim que surgem carros como este AMC, em 1970, para concorrer com os novos pequenos "invasores" japoneses. O motor de entrada já era grande, um 3.3 (os japoneses usavam motores 1.2 ou 1.6), mas o topo de gama, o Gremlin X, tinha um 5.0 V8 só com 150 cv, que ocupava metade do comprimento do carro.

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Quando os construtores automóveis preparam um carro, utilizam uma variedade de motores diferentes, com níveis diferentes de cilindrada e potência, consoante se destinem às versões mais acessíveis, intermédias ou mais luxuosas. As desportivas têm tratamento especial e geralmente têm um motor maior e mais potente que todas as outras.

Mas, olhando para a concorrência, geralmente têm características semelhantes dentro de certos limites. Só que há sempre marcas que querem marcar a diferença, e é assim que aparecem estes modelos, onde conseguiram montar motores que normalmente seriam considerados grandes demais para as suas dimensões.