Assim, Enzo Ferrari ligou a um dos seus clientes, um industrial de Turim, e propôs-lhe tornar-se sócio de uma nova marca, a que chamou Autocostruzioni Società per Azioni, ou ASA. O carro ficou pronto em 1963, e foi vendido como ASA 1000 GT, mas a imprensa especializada, familiarizada com a ligação ao criador daquela que era a marca mais desportiva do mundo, começou a chamá-lo “Ferrarina”. O carro durou cinco anos no mercado, tendo sido vendidos 90 exemplares, após os quais a ASA fechou as portas. Mas Enzo Ferrari entendeu que podia facilmente construir um carro mais barato e sem o seu nome, e resolveu dar-lhes o nome do seu falecido filho Dino, marca lançada em 1967 com os carros de motor central equipados com o V6 que Dino Ferrari havia desenhado antes de morrer aos 24 anos, com distrofia muscular.
Quanto ao ASA 1000 GT, chegou ao mercado em 1965, e usava uma versão de quatro cilindros do V12 desenvolvido pelo lendário engenheiro Gioacchino Colombo. Apesar de ter apenas 1032 cc e duas válvulas por cilindro, o seu carburador duplo Weber, bem afinado, garantia 91 cv de potência, fáceis de explorar por qualquer condutor, com o chassis criado por Giotto Bizzarrini. A carroçaria, com um desenho simples mas fluído, foi assinada por Giorgietto Giugiaro, que no futuro iria fundar a ItalDesign mas que aqui ainda era empregado da Bertone.
Este exemplar, que foi construído à mão por Carlo Facetti (piloto profissional com uma tentativa falhada de participar num Grande Prémio, mas que teve grande sucesso em provas de resistência, sagrando-se campeão europeu em carros de turismo), vai a leilão na RM Sothebys e teve apenas quatro donos, com o último a recomendar aquecer o carro durante alguns minutos, antes de passar a andar exclusivamente acima das 3000 rotações por minuto.
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