Os carros elétricos começam a estar na moda: mais ecológicos e suaves no funcionamento, as opções no mercado vão crescer nos próximos tempos, uma vez que são cada vez mais os construtores que apostam nesta tecnologia. Mas, será que um carro usado consegue manter a sua fiabilidade e consistência das baterias? A dúvida é comum a muitos potenciais compradores, pelo que importa analisar as variáveis desta temática.
Antes de pesquisar por um carro elétrico, pergunte-se e analise o seu estilo de vida (deslocações usuais, etc) para tentar perceber se um carro elétrico é realmente aquilo que precisa neste momento. Estando nós a falar de um usado, saiba que apenas agora os carros elétricos generalistas começam a ter autonomias superiores a 400 quilómetros, o que quer dizer que os primeiros no mercado cumprem entre 160 e 220 quilómetros consoante o estilo de condução, percurso ou temperatura externa. Pense, também, nas possibilidades de carga.
Uma vez decidido, a principal preocupação é sempre a bateria elétrica. Se a bateria estiver já com uma capacidade reduzida, poderá necessitar de substituí-la (ou os módulos ineficientes), o que pode resultar numa operação dispendiosa. Porém, estes casos não são frequentes, além de que adquirir um carro elétrico com um plano associado de manutenção ou de ‘leasing’ para a bateria pode ser uma boa opção. Muitos peritos da área indicam que a bateria mantém as suas capacidades por mais de uma década sem qualquer problema.
Tal como num modelo com motor de combustão interna, deve inspecionar de forma atenta a carroçaria em busca de pontos que revelem acidentes. Aqui, no entanto, deve duplicar a atenção uma vez que acidentes mais severos podem ter o condão de danificar ou a bateria ou a componente de cablagem elétrica do veículo. Como muitas baterias estão entre os dois eixos, veja bem a ‘barriga’ do carro.
Olhando para o compartimento do motor não vai trazer-lhe muita sorte, uma vez que estão ocultos em grande parte e não têm sinais de óleo ou qualquer outro ‘alarme’ de um comum motor térmico. Porém, o que pode fazer é inspecionar minuciosamente as cablagens elétricas (a começar pelas cor de laranja, embora não lhes deva proceder a qualquer intervenção já que são os cabos de alta tensão): cortes ou rasgos nas mesmas é caso para estranhar.
Verifique a tomada de carregamento e o bocal para perceber se está tudo a funcionar perfeitamente e se o encaixe funciona idealmente.
Concretize uma inspeção dos discos de travão e das pastilhas: os sistemas de travagem regenerativa ajudam a poupar a vida dos travões, pelo que a sua longevidade num carro ajudará a perceber o tipo de utilização usual concedido pelo condutor.
Numa benesse permitida pela tecnologia moderna, muitos dos sistemas elétricos têm possibilidade de controlo ou de supervisão remota, bem como atualizações de software que melhoram o seu funcionamento, autonomia ou potência.
Os seus motores (unidades motrizes, para ser mais correto) são muito mais simples e exigem muito menos manutenção, o que permite poupanças significativas ao longo da sua posse. Além disso, há menos componentes potencialmente sujeitos a quebras ou a avarias em viagem.
A temática da mobilidade elétrica está a tornar-se cada vez mais conhecida entre os portugueses, que têm já uma grande seleção de veículos novos no mercado.
Contudo, como o preço ainda é um entrave para muita gente, o mercado de ocasião ou de usados, como se apelida na gíria, acaba por ser uma alternativa para quem busca um carro elétrico a custo contido, havendo exemplares de diversas marcas à disposição, da Nissan à Renault, passando pelos inevitáveis Tesla.
Mas, variando o seu sistema de funcionamento face a um carro com motor de combustão interna, persistem ainda muitas dúvidas, como na fiabilidade da bateria ou no estado de conservação do sistema elétrico no seu geral. Uma constatação geral é a de que as baterias elétricas têm conseguido resistir bem ao esforço pedido pelos carregamentos sucessivos, o que é um ponto positivo para quem gosta de alguma paz de espírito na compra de um carro usado.
Saiba ao que deve estar atento quando procura um carro usado, sendo que muitas das dicas são comuns às dos carros com motor de combustão interna.
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