A fábrica da VW em Palmela já comunicou que irá encerrar dois turnos, mas os trabalhadores estão preocupados com os riscos de contágio por coronavírus.
O número elevado de funcionários concentrados no interior das instalações e o abastecimento de componentes, provenientes de vários pontos do globo estão entre as principais preocupações dos operários.
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE) já formalizou o pedido de medidas excecionais para enfrentar o surto do novo coronavírus.
“O sindicato recorda que, nos últimos dias, questionou a administração a propósito do seu plano de contingência e, até ao momento, não obteve qualquer resposta. Hoje o SITE Sul novamente questionou a administração da VW Autoeuropa sobre as medidas de prevenção”, pode ler-se em comunicado emitido pelo sindicato.
Aquela entidade revelou ainda que “o acesso ao refeitório continua a ser feito com as rotinas normais, o que é pouco compreensível, tal como sucede com os balneários” e que “milhares de trabalhadores se deslocam todos os dias para a fábrica também com as mesmas rotinas de sempre, isto é, de autocarro”.
A administração da Autoeuropa garantiu que não foi detetado qualquer caso de contaminação pelo novo coronavírus na fábrica de Palmela.
“Adotámos as recomendações da DGS para prevenção do surto de Covid-19 cerca de duas semanas antes do primeiro caso em Portugal, ou seja, ainda antes de o Governo implementar as primeiras medidas”, assegurou à agência Lusa fonte da empresa.
Entretanto, está a circular na Internet uma petição com vista ao encerramento temporário da fábrica como medida de proteção para os quase 6000 operários que trabalham na Autoeuropa, em Palmela.