Poucos dias depois de tornar oficial o primeiro número de marcas inscritas (eram já 60, com algumas ausências de peso…), surge a decisão de cancelar. Pelo terceiro não consecutivo – a última edição da exposição de Genebra foi em 2019, ano em que contou com perto de 160 expositores.
Esperava-se então que o ano de 2022 marcasse o regresso do Salão de Genebra, mas problemas “direta e indiretamente” ligados à pandemia de Covid-19 levaram a organização a cancelar também o evento do próximo ano, dando os passos para levar a cabo um “evento ainda mais impactante em 2023”.
Segundo comunicado dos organizadores, a decisão de cancelar o GIMS 2022 foi feita “no melhor interesse dos construtores e dos adeptos dos automóveis”, citando “problemas diretos e indiretos relacionados com a corrente pandemia de Covid-19”. Por um lado, aponta as restrições a viagens que continuam impostas em muitos países, afetando expositores, visitantes e jornalistas e, por outro lado, refere problemas indiretos como “a falta de semicondutores, que apresenta aos construtores novas prioridades que precisam de resolver primeiro”.
“Forçámos bastante e tentámos tudo para reativar o Salão de Genebra em 2022”, refere Maurice Turrentini, Presidente do Comité permanente daquele certame. “Apesar de todos os esforços, temos de enfrentar os factos e a realidade: a pandemia ainda não está sob controlo e apresenta-se como uma grande ameaça para um grande evento dentro de portas como o GIMS”, acrescenta, deixando patente ainda a sua confiança de que o salão voltará “mais forte do que nunca em 2023”.
Por outro lado, o CEO do Salão Internacional do Automóvel de Genebra, Sandro Mesquita, relatou que muitos construtores haviam já indicado que as incertezas relacionadas com a pandemia de Covid-19 tornam impossível garantir um compromisso firme com o GIMS 2022. Adicionalmente, há ainda o impacto negativo da atual crise dos chips semicondutores nos construtores de automóveis. A crise dos chips é provável que se arraste pelo próximo ano, com implicações financeiras negativas para os fabricantes”.
