A equipa liderada por Grace Chen, e que necessitou da intervenção de especialistas em disciplinas diferentes para idealizar o processo e verificar o seu funcionamento num motor, publicou os seus resultados no jornal científico Nature Sustainability. No artigo, o processo demonstra como é possível transformar resíduos biológicos como estrume ou restos de comida em combustível. Este é depois fundido com gasóleo para criar um biodiesel que mantém todas as características do gasóleo em termos de eficiência e baixos índices de poluição, mas eliminando o recurso a combustíveis fósseis.
Um dos principais obstáculos à produção de energia com estes resíduos era a quantidade de água, que obrigava a gastar tanta energia como a que era produzida no processo de seca. Ao usar o processo de liquidificação hidrotermal, que já é conhecido desde o século passado, era possível transformar componentes gordurosos num combustível, mas este era pouco estáveis. Agora, os cientistas das universidades americanas usaram um processo chamado esterificação para converter o crude biológico num combustível líquido que pode ser misturado com gasóleo, e que tem as mesmas especificações de biodiesel.