M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Basta passar por uma nuvem de pó, que o para-brisas do carro fica logo sujo. Mas basta ligar o limpa-vidros para ficar estes ficarem limpos. Mas, por azar, vai ficar com o vidro sujo até ao fim da viagem, pois ficou sem água no reservatório. Foi então que duas crianças decidiram criar uma solução, usando água da chuva.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Daniel e Lara Krohn estavam numa viagem com o pai quando um aguaceiro deixou o vidro do carro sujo. Quando o pai tentou usar a água do limpa-para-brisas, este estava vazio. Foi então que os dois irmãos, com 11 e 9 anos, perguntaram-se porque não se usava a água da chuva para encher o reservatório. Quando chegaram a casa, foram desmontar alguns brinquedos para usar uma bomba de água e um sistema de filtragem, para recolher a água da chuva.

A invenção chegou aos ouvidos de engenheiros da Ford, que quiseram testar o sistema num Ford S-MAX. Com tubos de borracha localizados na base do para-brisas, toda a água é recolhida, enchendo o reservatório vazio do limpa-para-brisas em cinco minutos. Um dos responsáveis por estes sistemas, Theo Geücke, ficou “surpreendido por nunca ninguém ter pensado nisso, a solução estava sempre à nossa frente”.

E o conceito vai popularizar-se, pois “a necessidade de água vai aumentar pois vai ser preciso limpar câmaras e sensores dos carros autónomos”. Assim, reaproveitando a água da chuva, cada condutor vai poder poupar cerca de 20 litros de água por ano. Com mais de 290 milhões de carros nas estradas da Europa, são mais de cinco mil milhões de litros.