M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Embora seja considerado um maiores poluentes da atualidade, o plástico não vai deixar de ser utilizado pelo público durante os próximos anos. Demasiados objetos do dia-a-dia são feitos com este material derivado de petróleo, que não é biodegradável e representa um perigo para a saúde de muitas espécies aquáticas de animais.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Mas a solução poderá estar mais próxima. Enquanto outras pesquisas têm-se preocupado em desenvolver materiais que possam consumir os restos de plástico, um grupo de investigadores da Universidade Estadual do Colorado, nos Estados Unidos, desenvolveram um plástico biológico e biodegradável. Chamado P3HB, é produzido por bactérias, algas e outros micro-organismos, mas é pouco usado além de algumas aplicações médicas, por ser demasiado caro de produzir.

A solução da equipa liderada por Xiaoyan Tang, e apresentada na revista científica Nature Communications, propõe o uso do succinato (ácido súccico ionizado), para sintetizar o P3HB, fazendo-o de um modo muito mais rápido e barato. O ácido súccico é obtido através da fermentação de glucose e é um dos 12 produtos de biomassa mais fáceis de obter nos Estados Unidos. Assim, vai ser possível criar um substituto para plásticos derivados de petróleo. Espera-se que sirva essencialmente para aplicações industriais, mas também poderá aparecer em produtos de consumo.