M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O hidrogénio é considerado uma das panaceias para o mercado da energia não poluente. O problema é que ainda é demasiado caro de gerar na quantidade necessária para ser usado por grandes zonas populacionais ou em máquinas de grandes dimensões, mas a investigação tem dado passos largos para reduzir custos. É o caso de um novo aparelho de eletrólise desenvolvido pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, para produzir hidrogénio a partir da água do mar.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O conceito desenvolvido por Daniel Esposito, professor de engenharia química, consiste num aparelho de eletrólise (que separa os átomos de hidrogénio e oxigénio que compõem a água) alimentado por uma célula fotovoltaica (painel solar) e montado numa plataforma flutuante semelhante a uma plataforma petrolífera. Para reduzir o custo do processo, usa as bolhas de água para manter os gases separados, em vez de uma membrana separadora. O processo de Esposito garante também uma elevada pureza, 99 por cento.

Como as membranas têm um preço elevado e são vulneráveis a corrosão, o novo processo de separação promete reduzir bastante o custo de produção de hidrogénio para uso em pilhas de combustível ou noutras aplicações. O protótipo desenvolvido por Esposito é pequeno, mas quando passado a uma escala muito maior, deverá ser capaz de gerar energia em larga escala, aproveitando a energia solar e a água salgada do oceano.