M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
As cidades cada vez crescem mais de tamanho, absorvendo aldeias circundantes e transformando-se em metrópoles. Entretanto, a produção alimentar necessária para alimentar toda esta população precisa de mais espaço de cultivo, apenas disponível longe das cidades. Para estabelecer uma ligação mais próxima entre os cidadãos e os produtos que consomem, um estúdio de arquitetura em França propõe a criação de uma superquinta na cidade.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Como não é possível ocupar grandes espaços para cultivo, o Studio NAB, de Paris, propõe a superquinta como um prédio de seis andares, ocupando uma área de apenas 12 por 12 metros (144 metros quadrados), e com 34 metros de altura. Neste prédio, seria possível fazer cultivo de alimentos altamente nutrivos num pequeno espaço, incluindo algas, abelhas, insetos para alimentação e outras culturas animais em aquapónica (peixes) e estufas (incluindo frutas tropicais). Cada área de produção criaria uma interdependência com as outras, para maior eficiência de recursos, com reciclagem de água e sem recurso a pesticidas.

Para não roubar espaço a zonas residenciais na cidade, a superquinta foi concebida para funcionar completamente numa plataforma sobre um rio. Também não precisa de estar ligada à rede pública de energia, recorrendo a turbinas eólicas e painéis solares para gerar eletricidade e calor, com grandes áreas de ventilação e iluminação natural a 360 graus em quase todos os andares. A superquinta conta com o apoio de Dickson Despommier, professor de microbiologia na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, que idealizou a componente teórica de culturas concentradas em ambientes citadinos.

 

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