Num mercado em decréscimo devido aos efeitos da pandemia de Covid-19, que obrigou a um segundo confinamento geral entre meados de janeiro e o final de março, os veículos eletrificados – híbridos (HEV), híbridos plug-in (PHEV) e elétricos (EV) – representaram 26% das vendas de automóveis novos em março, demonstrando dois cenários: o aumento de soluções e, em relação direta, o aumento da procura.

Num ‘webinar’ levado a cabo pelo Stand Virtual com a presença de responsáveis da área automóvel, incluindo António Cavaco, diretor do Departamento Económico e Estatístico da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), é apresentado um resumo do que foi o primeiro trimestre de 2021 para o setor automóvel, denotando-se uma perspetiva de crescimento deste ano face ao ano passado no que a março diz respeito – atendendo a que em março de 2020 se iniciou o primeiro confinamento geral – mas com uma quebra altíssima (49,0%) face a igual mês de 2019, que foi usado para efeitos estatísticos.

Assim, em março, se os automóveis ligeiros de passageiros a gasolina continuam a representar a maioria nas vendas, com um total de 48%, logo seguido pelos modelos a gasóleo (24%), a soma dos automóveis eletrificados, combinando todos aqueles que têm algum tipo de eletrificação dá um total de 26%, num valor representativo do segmento.

Porém, sempre comparando os valores de março de 2021 face aos de 2020, se os híbridos a gasolina e Diesel aumentaram 80% e 44%, respetivamente, bem como os plug-in a gasolina (128%) e plug-in Diesel (117%), os elétricos caíram 30% em março.

Nota, ainda, para o crescimento de 253% no GPL, fruto da introdução no mercado de modelos do Grupo Renault, de que são exemplo o Renault Clio ou o Dacia Sandero, ambos de nova geração.

No total, entre janeiro e março, contabilizaram-se apenas 39.310 automóveis novos vendidos, representando uma quebra de 25,7% face a igual período de 2020, numa diferença que tenderá a esbater-se na medida em que o segundo trimestre do ano passado ficou marcado pelo então primeiro confinamento.