Contudo, em relação ao próprio modelo em si, as primeiras impressões são positivas no que diz respeito à técnica e à condução, mas outras circunstâncias têm sido criticadas, como é o caso daquelas apontadas por Sandy Munro, proprietário de uma oficina especializada na desmontagem dos veículos para verificar a qualidade geral, num vídeo da Autoline.
Com um Model 3 à sua disposição, Munro expõe alguns dos problemas de construção do novo elétrico da Tesla, sendo que um dos mais importantes é o do mecanismo de abertura do capot para acesso ao cabo de corte de energia elétrica, uma vez que para aceder ao mesmo é necessário proceder a uma série de operações. Munro considera mesmo que todo o mecanismo é “miserável” e que a as pessoas têm de agir com rapidez e que em caso de acidente o sistema em utilização no Model 3 é pouco prático.
Munro aponta ainda problemas de construção ao nível dos acabamentos, com ruídos nas portas dianteiras ao fechar e folgas nos painéis “que se podem ver a partir de Marte”, sendo este um problema recorrente em todo o veículo. Nas portas de trás, o CEO da empresa aponta a ausência de puxadores mecânicos para a sua abertura em caso de emergência – têm apenas um comando elétrico –, referindo que a saída, nessa situação, é sair pela bagageira.
Noutro aspeto de segurança, o CEO da Munro Associates revela ainda o seu desconforto com a ausência de uma indicação clara do local a cortar no pilar C para desabilitar a corrente do cabo de alta tensão em caso de acidente.
“[O desenho indicativo] diz que devo cortar o cabo aqui, usando uma serra, mas onde? Diz que há aqui qualquer coisa por baixo, mas onde? Não sei… Pessoalmente, se eu pertencesse aos bombeiros, duvido que o fizesse”, refere no vídeo da Autoline.
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