Faraday Future salva por empresa de saúde chinesa

26/06/2018

A Evergrande Health Industry Group Ltd, uma subsidiária da China Evergrande Group, anunciou que vai comprar 45% da startup de veículos elétricos, Faraday Future, como parte da diversificação do grupo nos setores de alta tecnologia.

Para que tal fosse possível, a empresa de saúde adquiriu a totalidade da Season Smart Ltd – que detém a participação de 45% – por mais de 800 milhões de dólares.

Em novembro, a Season Smart concordou em pagar 2 mil milhões de dólares pela participação, investindo, até ao momento, 800 milhões. Após a aquisição, a Evergrande Health será obrigada a pagar o restante.

Mas, o que é a Faraday Future e o que desperta tanta curiosidade acerca desta empresa? A Faraday é uma start-up norte-americana focada no desenvolvimento de veículos elétricos inteligentes. Fundada em abril de 2014 e sediada em Los Angeles, Califórnia, esta empresa teve um crescimento significativo, registando 1000 funcionários até janeiro de 2016. A empresa revelou o seu primeiro concept, o FF ZERO1, na Consumer Electronics Show de janeiro de 2016 e estreou seu primeiro veículo de produção, o FF 91, nessa mesma feira no ano seguinte. Apenas 300 unidades de lançamento “Alliance Edition” estarão disponíveis, com as primeiras entregas previstas para 2018.

O acionista maioritário da empresa é a LeEco, uma empresa chinesa de produtos eletrónicos, então liderada por Jia Yueting. O empreendedor acabou por assumir o cargo de CEO da Faraday, que estava prestes a entrar numa espiral descendente. Com a LeEco em maus lençóis financeiros, a startup do veículo elétrico (EV) registou um prejuízo líquido de 339,6 milhões de dólares em 2017.

Mas, este cenário que promete fazer parte do passado, já que as ações da Evergrande Health subiram 40% na manhã desta terça-feira. O investimento da Evergrande Health explica-se com a forte aposta na mobilidade elétrica. Segundo a empresa, o acordo pode ajudar a “obter uma forte competitividade na indústria automóvel elétrica, conquistar a participação de mercado e diversificar os seus negócios”.

O acordo ocorre depois da China Evergrande anunciar em abril que investiria 16 mil milhões de dólares em setores de alta tecnologia.

Elon Musk vai precisar de ter cuidado, pois vem aí um concorrente à altura.

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