Ferrari 312T campeão com Lauda em 1975 vai a leilão

02/07/2019

O Ferrari 312T é uma evolução do anterior modelo utilizado pela Ferrari na Fórmula 1, o 312B3-74, com uma frente mais estreita, melhorando a aerodinâmica à volta do automóvel, assim como o fluxo de ar para os radiadores.

Isto combinado com o motor Ferrari 015 de 12 cilindros opostos e 3.0L de cilindrada, que com os seus 500 cv levava a melhor ao Cosworth DFV, utilizado pela maioria dos seus rivais, algo que é demonstrado pelos resultados, conseguindo a vitória em 27 corridas, quatro títulos de construtores e três de pilotos. Somente cinco exemplares foram construídos.

O Ferrari 312T é um automóvel importante, por diversas razões, foi o primeiro modelo da Ferrari a ganhar um campeonato, após um hiato de onze anos sem vitórias. Tecnicamente também é um automóvel importante, desenhado por Mauro Forghieri, foi equipado com uma caixa de velocidades transversal, daí a designação T no nome do modelo. A caixa estava montada à frente do eixo traseiro, de modo a obter um centro de gravidade mais baixo, assim como um momento polar de inércia mais baixo, melhorando a manobrabilidade.

O 312T, com o chassis 022, foi conduzido por Niki Lauda, tendo-o levado à vitória no campeonato de 1975, o primeiro de três campeonatos obtidos pelo piloto austríaco. Ganhou o Grande Prémio de França, em Paul Ricard, obteve a segunda posição no Grande Prémio da Holanda e terceira no Grande Prémio da Alemanha, no Circuito de Nürburgring, sendo o primeiro piloto a fazer uma volta ao “Inferno Verde” com um tempo abaixo dos sete minutos. Em todos os Grande Prémios em que Lauda conduziu este 312T, a Pole Position foi obtida por ele. Além dessas provas, obteve também a vitória no Silverstone International Trophy, uma prova extra-campeonato. Este 312T também foi conduzido por Clay Regazzoni, por duas vezes. A última prova deste 312T foi no Grande Prémio da África do Sul, em 1976, após o qual se retirou das competições.

Após se retirar da competição, este 312T foi adquirido nos anos 80 por um coleccionador francês, Jacques Setton, tendo-o na sua posse durante duas décadas. Posteriormente foi vendido ao holandês John Bosch, estando agora numa colecção americana, onde permanece desde 2008. Na posse do actual proprietário foi totalmente restaurado, o trabalho foi realizado pelos especialistas da marca do Cavallino Rampante, a Dennison International.

Este exemplar ser levado a leilão em Pebble Beach, na Califórnia, nos dias 16 e 17 de Agosto, pela Gooding & Company. O valor estimado da venda fixa-se entre os seis e os oito milhões de dólares, ultrapassando o recorde obtido por um Fórmula 1, o Ferrari F2001, conduzido por Michael Schumacher, arrematado por 7,5 milhões de dólares, em 2017.

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