Aproximando-se o final do ano, os diferentes construtores automóveis vão procurando formas de evitar as pesadas multas da União Europeia referentes às emissões de CO2 acima da média estabelecida para o ano de 2020.

Uma das formas é aliando-se a outros construtores que tenham créditos de emissões pelas suas gamas mais ecológicas. Na semana passada, soube-se que a Volvo irá ajudar a Ford a evitar uma multa mais pesada e, agora, de acordo com o site Bloomberg, é a vez de a Honda beneficiar dos créditos de emissões da Tesla para evitar também pagar uma multa pelo excesso de emissões na Europa.

Esta não é uma ação inédita na indústria automóvel, sendo permitida pelos reguladores europeus, tendo a Honda declarado a sua intenção de juntar a sua gama à da Tesla para beneficiar dos créditos de emissões desta última, que desde 2019 tem um acordo semelhante com a Fiat Chrysler Automobiles (FCA).

Com os seus modelos elétricos a desfrutarem de grande sucesso na Europa, a Tesla pode aproveitar assim para aumentar os seus lucros graças à incapacidade dos demais construtores para cumprirem com as suas metas de emissões na União Europeia, que promove uma meta global da indústria em 95 g/km de CO2, mas que é diferente para cada construtor consoante o peso médio da sua gama. Ou seja, uma marca com uma gama mais pesada em média tem ‘autorização’ para uma média de emissões mais elevada.

O valor que a Honda irá pagar para se juntar à Tesla e à Fiat Chrysler Automobiles (FCA) não é conhecido. A marca japonesa tem vindo a implementar uma gama mais eletrificada e prepara-se para rever a sua estratégia com vista à massificação da eletrificação, incluindo a chegada do Honda e e dos novos Jazz.