M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Os habitantes de zonas montanhas de difícil acesso também precisam de transportes públicos. Por isso, com muito trabalho, engenho e perseverança, conseguem-se verdadeiros milagres de engenharia, que mesmo assim produzem um resultado final que é tão assustador como impressionante. É o caso da subida vertiginosa ao Nariz do Diabo, no Equador, que é uma das mais emblemáticas e perigosas viagens de comboio do mundo.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Ligando as cidades de Alausí e Sibambe, o comboio do Nariz do Diabo é hoje usado primariamente por turistas que querem conhecer as espetaculares paisagens da Cordilheira dos Andes. Esta linha de comboio tem apenas uma via, que atravessa passagens estreitas com vista para vales que se encontram milhares de metros abaixo. Como esta montanha é quase perpendicular, a linha de comboio necessita de 12,5 km feitos de forma tortuosa e, por vezes, inclinada, para vencer um desnível de 500 metros.

Mesmo assim, esta experiência é bastante procurada pelos turistas, que hoje em dia representam o grosso dos clientes da ferrovia. A linha foi reconstruída em 2011, depois do fenómeno meteorológico El Niño ter devastado a estrutura ferroviária do Equador, há 20 anos. Além de reconstruir a via, foram também escolhidas novas carruagens, batizadas Tren Crucero, mais adaptadas para o lazer do que para o transporte de diário da população local

Para o comboio do Nariz do Diabo, a Tren Ecuador oferece viagens diárias de 33 dólares (29 euros) por pessoa, com refeição incluída confecionada por produtos locais. Durante a viagem, além da inigualável paisagem desta região dos Andes, pode encontrar outras particulares, incluindo uma visita à nascente do rio Chanchán e o encontro com as tradições da tribo local dos Puruhas, que habitam em Sibambe.

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