De acordo com os dados revelados pela Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA), os registos de automóveis novos na UE caiu 20,5% em novembro de 2021, quando comparado com o mesmo mês do ano passado, com um total de 713.346 unidades matriculadas. Muitos dos mercados europeus registaram quebras de dois dígitos, incluindo em três dos quatro principais: Alemanha (-31,7%), Itália (-24,6%) e Espanha (-12,3%). O outro dos principais mercados europeus, França, teve um decréscimo mais ligeiro de 3,2%.
Ainda segundo os dados da ACEA, apenas três dos mercados da UE registaram um crescimento: Bulgária, Irlanda e Eslovénia.
O impacto da pandemia, mas sobretudo, a crise dos chips semicondutores acabam por ter uma forte influência nestes resultados, com o volume de vendas dos onze meses do ano de 2021 a ser já negativo em relação ao de 2020, que foi bastante mais marcado por restrições de venda de veículos devido à pandemia em muitos dos países europeus.
Assim, de janeiro a novembro de 2021, a quebra é de -0,04%, ainda ligeira, mas com tendência para se alargar no mês de dezembro, mantendo-se a falta de automóveis para entrega em muitas das marcas. Não obstante, três dos quatro maiores mercados apresentam valores positivos: Itália (+8,6%), Espanha (+3,8%) e França (+2,5%). Por outro lado, na Alemanha, a tendência é de queda, com uma contração de -8,1% face ao período homólogo de 2020.
Portugal teve uma quebra de -7,6% no total do mercado em novembro, mantendo-se ainda em território positivo no cômputo do ano, com um crescimento ténue de 2,2% (134.029 unidades em 2021 contra as 131.165 de 2020).Por construtor, o Grupo Volkswagen teve a maior quota de mercado do mês de novembro, com 21,4%, mas superando por pouco a Stellantis, que teve um volume total de 21,3%. Ambas perderam quota de mercado face ao ano de 2020 no mês de novembro. Na terceira posição, o Grupo Renault contrariou a tendência e cresceu em novembro, com uma quota de mercado de 12,1% contra os 11,1% do ano passado, valendo-se do crescimento da Dacia e da Alpine.
O grupo que mais cresceu foi, no entanto, o Hyundai, com esta companhia a ganhar quota de mercado de 6,5% em novembro de 2020 para 9,8% no mês passado, com as marcas Hyundai e Kia a apresentarem valores positivos de 28,8% e de 13,0%, respetivamente.
De janeiro a novembro, o Grupo Volkswagen mantém-se na frente da tabela com relativa estabilidade, apresentando uma quota de mercado 25,3% (havia tido 25,7% no mesmo período de 2020), enquanto a Stellantis está na segunda posição com 22,1%, um modesto ganho em comparação com os 22,0% do ano passado. O Grupo Renault perde de 11,5% para 10,4%, enquanto o Grupo Hyundai cresce de 7,1% para 8,6%, naquele que é um ganho sólido deste grupo sul-coreano.
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