Na conferência de imprensa do lançamento do novo 911 GT3, Walliser confessou que o desenvolvimento desta nova geração obrigou “ao maior esforço até aqui aplicado num carro de estrada”, devido à concentração de características derivadas do mundo da competição.
“Há sempre dois lados com que observar este novo carro. Por um lado, o da tecnologia. Temos tudo o que aprendemos na competição, como é o caso com o motor atmosférico de alta rotação, a sonoridade e a aerodinâmica, que é um avanço significativo. Mas, por outro lado, temos o espírito, que é manter esta ideia viva, um conjunto de características essenciais num carro desenvolvido por uma equipa muito pequena que trabalhou bastante para dar vida a este ‘bebé’”.

Um dos desafios passou pela manutenção deste conceito numa era em que a guerra contra as emissões poluentes parece transversal a toda a indústria automóvel, incluindo a das regulações europeias. Mas, para Walliser, mesmo com a crescente eletrificação da indústria, este conceito “insere-se na ideia de ADN da Porsche”, havendo o objetivo de se manter esse mesmo ADN o máximo de tempo possível.
“Para mim, esta é a versão que traz todo o ADN da Porsche e do 911 num único carro. É o que mais se aproxima do espírito da marca. Levem-no para uma pista ou para uma estrada sinuosa e percebem o que é um Porsche. Esta é a essência da Porsche num único carro”, refere, mesmo que os novos tempos obriguem a novas soluções.
Em cima da mesa chegou a estar a opção de um motor sobrealimentado, mas a essência da ideia GT3 levou a melhor. “Quando começámos o conceito destes carros sempre dissemos que tínhamos de manter os motores atmosféricos o maximo de tempo possível, qualquer que fosse o esforço e o que quer que tivéssemos de fazer. Conseguimos essa segunda parte, o esforço foi enorme e foi um desenvolvimento muito difícil. Mas conseguimos. Sim, pensámos no turbo, mas foi sempre uma discussão complicada, porque adoramos os motores turbo, mas também adoramos os motores atmosféricos. Vamos ver no lado das emissões e regulações a nível mundial, porque estamos a fazer um motor global capaz de se adaptar as normas em todo o lado, da Coreia do Sul à América, passando pela Arábia Saudita e Europa, o que é muito complicado. Estamos a fazer o melhor que podemos para mantê-lo vivo o máximo que podemos”, finalizou.
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