Participando na Fórmula 1 com uma unidade V6 híbrida, denominada RA620H, a Honda tem vindo a desenvolver a sua própria tecnologia híbrida não só para a competição, mas também para aplicação em estrada, sob a sigla e:HEV dedicada à eletrificação da sua gama.
No caso dos sistemas dos monolugares utilizados na Fórmula 1, a marca aplica um motor V6 de 1600 cc combinado com um Sistema de Recuperação de Energia (ERS), que recupera não só a energia decorrente da travagem e da desaceleração, como também utiliza os próprios gases de escape para obter mais potência em aceleração e anular o atraso na resposta do turbo (turbo lag).
Porém, o novo Jazz não conta com um motor turbo, pelo que a inspiração na Fórmula 1 serviu, sobretudo, para otimizar a recuperação de energia cinética das travagens, que é armazenada numa bateria do novo Jazz para auxiliar as prestações quando for necessário.
“Durante um fim de semana de corrida da Fórmula 1, as equipas têm de gerir muito cuidadosamente a quantidade de combustível que usam para cumprir as regras do desporto. Numa corrida, podemos dividir o total de utilização de combustível ao longo das voltas, mas vão existir situações em que uma equipa quererá utilizar mais combustível para extrair uma melhor performance e outras em que quererá poupar para mais tarde, como quando está atrás de um safety car, por exemplo”, explica Yasuaki Asaki, diretor de Desenvolvimento das Unidades de Potência da Honda, que na Fórmula 1 fornece a Red Bull Racing e a AlphaTauri.
“Porém, nos nossos carros de estrada e:HEV, aplicamos a nossa experiência para assegurar que as unidades de controlo de potência oferecem o melhor rácio possível entre potência e eficiência para o condutor em qualquer modo de condução”, completa.Recorde-se que o sistema híbrido do novo Jazz e:HEV consiste em dois motores elétricos compactos associados ao motor térmico 1.5 VTEC, a que se juntam ainda uma bateria de iões de lítio e uma transmissão de rácio fixo que funciona a partir uma unidade de controlo de potência inteligente, procurando oferecer um equilíbrio entre prestações e eficiência.
Além disso, note-se, o utilitário da Honda conta ainda com três modos de condução, entre o ‘EV Drive’ para condução sem emissões, ‘Hybrid Drive’ em que o motor térmico fornece energia ao gerador elétrico que alimenta, por sua vez, o motor elétrico de tração e, por fim, o ‘Engine Drive’ que aciona o motor VTEC através de uma embraiagem especial eCVT que possibilita a transmissão da sua potência diretamente às rodas.
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