A nave espacial Comet Interceptor vai ser lançada em 2028 e transportada noutra missão (poupando recursos com a viagem) em direção à órbita do Sol, a um milhão e meio de quilómetros da Terra. Aí, vai identificar um cometa ainda desconhecido e aproveitar o impulso da órbita para intercetar o cometa. A Comet Interceptor vai então dividir-se em três naves diferentes para poder fazer análises do movimento, das dimensões e da composição do bólide a partir de vários ângulos. A nova missão vai reaproveitar equipamento de missões anteriores, incluindo um espetrómetro da missão Rosetta ao cometa Churyumov-Gerasimenko, e uma câmara igual à usada pela missão ExoMars. Terminada a sua missão, a nave vai “libertar” o cometa.
A missão, que vai ser dirigida a partir do Laboratório Espacial Mullard, no Reino Unido, foi decidida rapidamente. Mesmo faltando dez anos para o lançamento, os seis projetos candidatos tiveram que apresentar propostas em pouco tempo para criar a nave espacial Comet Interceptor. Para poder viajar na missão Ariel (que vai estudar exoplanetas a partir do espaço sideral), os componentes da nave extra necessitam de ter um peso conjunto inferior a uma tonelada e que cada uma das três partes integrantes possua o seu próprio método de propulsão. A nova nave espacial vai custar 150 milhões de euros, divididos pelos vários países que compõem a Agência Espacial Europeia.