M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A SpaceX deu mais um passo em frente para reduzir os custos das missões para fora da atmosfera terrestre, conseguindo fazer um dos seus foguetões aterrar do local de onde partiu. A empresa de Elon Musk já tinha criado o conceito de foguetões reutilizáveis, mas geralmente tinha que gastar recursos a ir buscá-los onde caíam. Agora, estes podem regressar diretamente à base.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Foi neste passado fim de semana que a SpaceX lançou o seu foguetão Falcon9 para a sua 30.ª missão, com o propósito de colocar em órbita o primeiro dos dois satélites de observação SAOCOM, da agência espacial da Argentina, a CONAE. O Falcon9 levantou voo a partir da Base Aérea de Vandenberg, como já é hábito para as operações da SpaceX, e oito minutos depois regressou à base, aterrando apenas a 400 metros da pista de onde arrancou. Esta foi a primeira vez que o foguetão idealizado por Elon Musk aterrou na base da Califórnia, criando novas possibilidades para a exploração espacial por menos custos.

Durante muitos anos, os foguetões das agências espaciais nacionais eram usados apenas uma vez, representando um custo elevado que impedia qualquer empresa privada de se aventurar no espaço nestas condições. A SpaceX foi a primeira a conseguir utilizar um foguetão recuperável em utilizações regulares. No entanto, nas 29 missões anteriores, 11 delas tiveram que aterrar do outro lado dos Estados Unidos, no Cabo Canaveral, na Florida, e noutras 18 o ponto de aterragem teve que ser intercetado por drones para se poder recuperar o Falcon9. Agora, ao poder aterrar no ponto de partida, pode reduzir ainda mais os custos de qualquer missão espacial, democratizando o acesso à órbita do planeta, e até mais além.

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