Uma simples medida de engenharia está a ser adotada em muitos países como forma de ajudar a preservar os habitats naturais de muitas espécies animais que se veem afetadas pela mão humana, sobretudo pela construção de estradas que ‘rasgam’ os seus territórios.

Conhecidas como pontes para o atravessamento de vida selvagem, estas obras têm como objetivo ligar áreas verdes separadas, sobretudo, por autoestradas, no sentido em que o acesso de animais às mesmas reveste-se de grande perigosidade, quer para os condutores, quer para os animais.

Assim, nalguns países como os Estados Unidos da América, França ou Holanda, começaram a ser criadas pontes ou vias subterrâneas para o atravessamento de animais selvagens, podendo assim passar de um lado para o outro em busca de novos meios de subsistência ou sem que os seus padrões de deslocação sejam perturbados pela ‘interrupção’ causada por mão humana.

Cada uma dessas passagens responde a diferentes critérios, consoante os animais a que se destinam, tendo por isso alguns critérios que ajudam à movimentação segura de espécies animais entre dois lados de uma autoestrada, por exemplo. As colisões com animais de grande porte, como alces ou ursos, são frequentes nalgumas daquelas regiões em que, sem alternativas, se veem obrigados a cruzar vias rápidas, potenciando situações de sinistralidade para os condutores. Cada passagem superior ou inferior está protegida por vedações e redes que guiam os animais para uma travessia segura.

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Como exemplo, Washington é um dos mais recentes estados norte-americanos a aderir a este tipo de construções, tendo a primeira das suas pontes para vida selvagem surgido em 2015, sobre a Interstate 90, que liga Seattle a Boston, embora conte já com diversas passagens inferiores para ajudar às travessias de animais selvagens.

No Canadá, o Banff National Park também recorre às supracitadas pontes para as travessias de animais, tendo já ajudado ursos, lobos e veados a seguirem o seu caminho para o outro lado da estrada sem problemas.

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