Porsche 911 GT3: 20 anos a aproximar a estrada da pista

09/08/2019

Poucas marcas carregam uma aura tão grande de sucesso e dinamismo como a Porsche, que há 20 anos surgiu no Salão de Genebra com uma proposta inovadora, o 911 GT3. Modelo de carácter vincadamente agressivo, o 911 GT3 embebeu muitos dos conceitos apresentados ao longo dos anos pela Porsche Motorsport.

Desenvolvido pelo campeão do mundo de ralis, Walter Röhrl, pelo engenheiro de corrida Roland Kussmaul e pelos especialistas da divisão Porsche Motorsport de Weissach, o 911 GT3 encarregou-se de trazer argumentos aprimorados de agilidade para a estrada. Desde então, março de 1999, o 911 GT3 tem ganhado velocidade em dinamismo em cada geração, sendo um objeto de desejo para os puristas da marca alemã.

A história da série GT3 conta-se de forma breve: pouco antes da viragem do milénio, aplicando muita tecnologia de competição, a primeira forma do 911 GT3 continuou, de certa forma, a tradição do lendário 911 Carrera RS 2.7, embora dispensasse a sigla RS (de ‘Race Sport’) em prol da GT3, uma homenagem evidente aos modelos de competição na classe GT.

O motor boxer de seis cilindros de 3.6 litros debitava 360 CV e pela mão de Röhrl cravou um tempo inferior a oito minutos no circuito de Nürburgring Nordschleife, fazendo uso não só de motor potente e funcional, mas também de chassis melhorado com destaque para a suspensão com 30 mm de rebaixamento face ao modelo de base. A caixa manual de seis velocidades, por seu turno, era originária do 911 GT2, sendo que uma das suas particularidades era a afinação de elementos como a geometria dos eixos, as barras estabilizadoras ou molas dependendo do circuito em que estava a ser utilizado. Isto porque, na mente da Porsche, os GT3 teriam de passar muito tempo em pista. Exteriormente, destacou-se, acima de tudo, pela asa traseira fixa, sendo que os clientes que assim quisessem podiam optar pela versão Clubsport, que contava com uma jaula de segurança incorporada.

O primeiro 911 GT3 saiu da linha de montagem em maio de 1999 e, como base de homologação para a competição, este modelo fomentou igualmente a criação da 911 GT3 Cup e das versões mais extremas, o 911 GT3 R e o GT3 RSR.

Novas gerações em catadupa

Observado o sucesso da primeira geração, a marca não mais largou o filão e foi evoluindo o seu carro com o passar dos anos. Aliás, a cada três ou quatro anos, existiu uma nova evolução. Em 2003, a potência do motor boxer passou para 381 CV e os travões podiam ser, opcionalmente, em carbo-cerâmica para maior eficácia de travagem e, sobretudo, resistência à fadiga.

Depois, em 2006, novo salto na potência, agora para 415 CV, dispondo, pela primeira vez, de uma suspensão ativa com o sistema Porsche Active Suspension Management (PASM). Mais três anos e a cilindrada do motor subiu para os 3.8 litros com equivalente aumento na potência – 435 CV, com uma nova asa traseira e carenagem inferior para melhoria da carga aerodinâmica.

Em 2013, no 50º aniversário do 911, a quinta geração do 911 GT3 apresentou-se totalmente renovada. O motor atmosférico de 3.8 litros escalou a potencia para os 475 CV, associando-se, pela primeira vez, à caixa automática de dupla embraiagem PDK. O eixo traseiro direcional também fazia a sua estreia.

A mais recente versão do 911 GT3 chegou em 2017, com o foco das melhorias a ser o bloco, que passou a ter 4.0 litros de capacidade e 500 CV de potência. Para os entusiastas, a marca reservou dois elementos de grande simbologia. Por um lado, a opção de caixa manual, por outro, um pacote Touring, que retirava a asa fixa e incorporava um spoiler extensível.

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