São cada vez menos os modelos da marca com motores atmosféricos (ou naturalmente aspirados por utilizarem diretamente o ar presente na atmosfera), como é o caso do Cayman GT4 (na imagem) mas a Porsche sabe que esses mesmos blocos representam uma parte da sua história, a qual, inegavelmente, passará a ser feita também de motores elétricos (como no Taycan) e eletrificados.
Esta é a receita, de acordo com um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento das gamas 911 e 718, para manter vivos os motores atmosféricos na Porsche. Em declarações à revista britânica Autocar, Frank-Steffen Walliser, explicou que a marca está muito “motivada” para continuar a usar motores atmosféricos nalguns dos seus modelos, recorrendo à hibridização, ou seja, à associação com um pequeno motor elétrico que ajude a manter consumos e emissões sob controlo, ajudando nas prestações.
“O binário de um motor elétrico a baixas rotações e um motor atmosférico de altas rotações encaixariam perfeitamente. Poderia ajudar um motor atmosférico a sobreviver”, afirmou Walliser à Autocar, embora não exista ainda uma definição de concretização para este plano na marca alemã.
Sabe-se, porém, que a gama 911, poderá ser uma candidata, mesmo que a Porsche tenha indicado ainda recentemente que uma passagem para a era da eletrificação não está para breve, devido à necessidade de manter a competência dinâmica desse seu desportivo icónico.
Os motores atmosféricos são cada vez menos adaptáveis a modelos de alto gabarito desportivo e muitas marcas começam agora a olhar para a eletrificação como solução para manter essa sua identidade nalguns campos, como é o caso da Ferrari ou da Lamborghini, que são das poucas a manterem esta arquitetura.
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