De acordo com os resultados do ‘Covid-19 Mobility Survey’, inquérito que contou com a participação de 500 portugueses e que analisou o impacto que o Covid-19 teve nos hábitos de compra e de mobilidade, um total de 89% dos portugueses são agora mais propensos a andar de carro próprio do que a utilizar transportes públicos, enquanto 20% dos condutores consideraria agora comprar um carro totalmente online.
“O carro privado é rei no novo normal. O ‘Covid-19 Mobility Survey’ mostra que 89% dos portugueses estão agora mais propensos a conduzir o seu próprio carro do que a utilizar transportes públicos devido a preocupações de segurança, enquanto 62% consideraram conduzir em vez de viajar de avião para as suas próximas férias (30% não tinha quaisquer planos), afirma Luis Lopes, diretor da CarNext.com.
Aquele responsável explica ainda que se assistiu também “a uma mudança definitiva para o comércio eletrónico durante a pandemia, com 20% portugueses a considerar agora ativamente a possibilidade de comprar o seu próximo carro online. Claramente, estas são mudanças estruturais que provam que a compra de automóveis online não é apenas uma tendência temporária, mas uma parte essencial do novo normal”.
No que diz respeito às compras online, que se assumem cada vez mais como uma constante no setor automóvel, os condutores portugueses estariam mais dispostos a comprar um carro online se a entrega ao domicílio estivesse disponível (29%), se fosse oferecida uma garantia de reembolso de 14 dias (57%), ou se fosse fornecido um histórico completo de manutenção e verificações mecânicas (68%).
Além disso, o inquérito mostrou ainda um dado relevante na forma de um afastamento dos portugueses em relação às soluções de partilha de automóveis, como o carsharing, com 64% dos portugueses inquiridos a dizer que se sentem um pouco ou muito inseguros na utilização desses serviços.O estudo foi realizado em agosto de 2020 pela OnePoll, uma empresa de estudos de mercado, em conformidade com o código de conduta da Sociedade de Estudos de Mercado, contabilizando respostas de 3000 condutores de seis países: França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Portugal e Espanha (500 por cada país com idades compreendidas entre os 25 e os 50 anos e com uma divisão de género equitativa).
