Decorria a década de 1990 e a Renault estava em posição de destaque na Fórmula 1. Depois de assinar um acordo com a marca francesa para o fornecimento de motores em 1989, a Williams ganhou uma parceira de luxo para se impor na modalidade, conseguindo quatro títulos de pilotos e cinco de construtores até ao final de 1997 – ano em que a Renault decidiu abandonar a F1 pela porta grande – com o título de Jacques Villeneuve.

Mas o sucesso também foi bidirecional. Tentando tirar partido dos sucessos nas pistas do Campeonato do Mundo de Fórmula 1, a Renault deitou mãos à obra e criou aquele que ficou para a história como um dos primeiros desportivos da gama Clio, então ainda bastante jovem depois de ter sido lançada em 1990 para suceder ao emblemático Renault 5.

Em 1993, a marca francesa criava então o Clio Williams. Sem contar com a participação da escuderia de Fórmula 1 no seu desenvolvimento, bastou a experiência da Renault para desenvolver aquele que se tornou num modelo altamente procurado na primeira metade dos anos 1990.

Com um motor 2.0 de 150 CV e uma excelente relação peso/potência, dado que o seu peso total não superava os 1000 kg, o Clio Williams tornou-se apaixonante pelas prestações fora de série para a sua época, luzindo o emblema ‘Williams’ na sua carroçaria como garante de competência superior.

O sucesso foi de tal ordem que, após uma série limitada inicial de apenas 3800 carros (com uma placa numerada identificativa), a Renault foi “obrigada” a aumentar a produção, que chegou a superar as 12.000 unidades, embora muitas delas tenham sido convertidas para serem utilizadas em competição, por exemplo.

Na atualidade, tornaram-se raras as unidades disponíveis nas estradas, não só pelas circunstâncias atrás descritas, mas também porque muitos foram entretanto sofrendo acidentes que os retiraram de circulação.

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