A Renault revelou que foi acusada em fase preliminar de ter procedido a manipulação de ensaios relacionados com as emissões poluentes dos seus motores Diesel de gerações anteriores. A marca gaulesa reitera que nunca equipou os seus veículos com qualquer sistema ou tecnologia capaz de manipular as emissões poluentes dos seus Diesel.

Na senda da polémica com os motores turbodiesel da Volkswagen de 2015, conhecido como ‘Dieselgate’, muitas outras marcas foram sendo investigadas por suspeitas semelhantes de disporem de sistemas capazes de manipularem os gases poluentes em bancos de testes, reduzindo-os comparativamente com a condução em condições normais, na qual as emissões seriam, então, substancialmente maiores.

A 12 de janeiro de 2017, a Renault foi colocada sob investigação judicial sobre aquela possibilidade em relação aos motores turbodiesel de anteriores gerações. Agora, a 8 de junho de 2021, a marca anunciou que pende sobre si a acusação de fraude.

Nesse contexto, a Renault terá de pagar uma fiança de 20 milhões de euros, 18 milhões dos quais dedicados ao potencial pagamento de compensações e danos, tendo ainda de providenciar uma garantia bancária de 60 milhões de euros dedicada aos potenciais prejuízos.

Em comunicado, a Renault reitera a sua inocência: “De acordo com este estatuto, a companhia é presumida inocente. A Renault nega ter cometido qualquer ofensa e recorda que os seus veículos não estão equipados com qualquer software de manipulação para controlo de emissões poluentes. A Renault sempre cumpriu com as regulações francesas e europeias”, lê-se, acrescentando ainda que “todos os veículos foram aprovados de acordo com as leis e regulamentos aplicáveis em vigor”.