O custo dos híbridos tem vindo a descer substancialmente ao longo dos últimos anos, mas ainda assim continua a ser ligeiramente superior ao dos motores de combustão convencionais. Contudo, são cada vez mais os construtores que abarcam a filosofia híbrida (incluindo a plug-in híbrida), com a Renault a admitir que ‘desconstruiu’ um módulo híbrido da Toyota, considerada como líder pelo tempo que já tem de venda com esta tecnologia, para comparar elementos e verificar custos.

Este método de comparação não é propriamente inédito na indústria automóvel (e não só), chamando-se de ‘engenharia reversa’ pelo princípio de aprendizagem de um conceito a partir da desconstrução de um objeto ou máquina. Luca de Meo, o recém-nomeado CEO da Renault, admitiu em entrevista ao site Automotive News Europe que procurou saber como se comparava o sistema da marca, denominado E-Tech, com o da Toyota, o Hybrid Synergy Drive (HSD).

De acordo com o responsável da Renault, o que descobriram foi que o custo do sistema da marca era muito “próximo” ao do da Toyota, prometendo reduzir custos de desenvolvimento – logo, de produção e de venda – nos próximos dois ou três anos. Um dos pontos de destaque para o sistema E-Tech da Renault, que tirou grande inspiração da Fórmula 1, é o facto de não dispor de uma caixa de velocidades convencional, mas sim de uma caixa sem embraiagem e de um motor elétrico que permite controlar a velocidade do motor de combustão e dos motores elétricos numa sinergia que permite 15 modos de condução.

Ainda naquela entrevista online com o ANE, Luca de Meo assumiu que a Renault e a Nissan têm dois sistemas independentes para os seus modelos, não havendo partilha das tecnologias de hibridação. Ainda assim, Luca de Meo considerou que a E-Tech é “mais adaptada para as condições europeias” do que o sistema ePower da Nissan, que estará próximo de ser estreado na próxima geração do Qashqai.