Na sequência da polémica com Carlos Ghosn, a Renault anunciou que Thierry Bolloré será o CEO interino da marca. Detido no Japão por suspeitas de fraude fiscal, Ghosn será afastado do cargo de CEO da Nissan, com o Governo francês a manifestar preocupação igualmente pela situação e pelas repercussões que o caso poderá ter na Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.

Em reação ao caso, o Conselho de Direção da Renault adotou medidas preventivas transitórias para preservar os interesses do grupo e a continuidade das suas operações. Embora indique que Ghosn continuará a ser o presidente e CEO da companhia, mesmo que “temporariamente incapacitado” para exercer o cargo, foi decidido que Bolloré assume o lugar do brasileiro, com os mesmos poderes e responsabilidades.

Neste período, a administração irá reunir-se de forma regular “para proteger os interesses da Renault e a sustentabilidade da Aliança”.

Escusando-se a tecer mais comentários ao caso e aos procedimentos judiciais contra Ghosn no Japão, a Renault destaca, todavia, que “pediu à Nissan, na base dos princípios da transparência, confiança e respeito mútuo estabelecido no Quadro da Aliança que providenciem toda a informação na sua posse em relação à investigação interna relacionada com Ghosn.