Começando-se a falar agora de um lento regresso a alguma normalidade, os salões automóveis começam a dar sinais de ressurgimento. Se na passada semana os organizadores do Salão de Genebra apresentaram já a sua intenção de realizar o certame em fevereiro de 2022, também o Salão de Nova Iorque indica os seus planos para voltar ao ‘ativo’ – mais cedo ainda, no final de agosto, e com a indicação de que não terá qualquer restrição na sua lotação devido à pandemia de Covid-19.
As incertezas continuam a ser maiores do que as certezas quanto à evolução da pandemia, mas os organizadores do Salão de Nova Iorque estão confiantes de que poderão ter novamente um grande número de visitantes, num cenário que poderá vir a replicar a normalidade dos tempos antes de 2020. O certame americano irá decorrer entre 20 e 29 de agosto (o dia de imprensa será a 19 de agosto), com o início da venda dos bilhetes previsto para 30 de junho.
O foco na edição deste ano estará, como não poderia deixar de ser, nos automóveis elétricos, com os visitantes a poderem fazer ensaios em percursos concebidos no próprio espaço. Num sinal da clara importância do setor automóvel, o anúncio dos novos moldes do Salão de Nova Iorque foi feito pelo próprio governador daquele estado, Andrew Cuomo.
“O Salão de Nova Iorque é uma das nossas mais amadas tradições de verão e um grande motor económico para o nosso estado. No ano passado, este evento altamente popular foi cancelado devido à pandemia, mas graças ao trabalho árduo dos nova-iorquinos na superação da Covid, o salão vai voltar este ano”, referiu Cuomo na apresentação, destacando a importância de voltar a “uma capacidade máxima, pré-pandemia e a um novo foco nos veículos elétricos com cinco pistas interiores nas quais os presentes poderão fazer ensaios. Este é um sinal de que Nova Iorque está a voltar mais forte do que nunca”, acrescentou.
Embora desprovido de limitações à sua capacidade, o centro de exposições Jacob Javits foi alvo de uma expansão, aproveitando o tempo de interregno devido à pandemia, aumentando assim o tamanho do espaço de exposições em cerca de 50%. Além disso, os organizadores irão obedecer a normas sanitárias em vigor, nomeadamente com protocolos de limpeza e higienização extensiva de superfícies e distanciamento social.